DA REDAÇÃO

CONTINUA sem solução a pendenga entre MTV e Globo em torno do "Acústico" com Roberto Carlos. A primeira emissora realizou o especial com o "rei" em maio, a pedido do próprio. A segunda, com quem o cantor tem um contrato de exclusividade, não libera a exibição das imagens, seja na TV ou em DVD.
Roberto Carlos não fala sobre o assunto. Já os leitores do TV Folha puderam dar sua opinião na enquete proposta semana passada. Por telefone, fax ou no mural da Folha Online, 1.407 pessoas se manifestaram, e 87% desse total acham que a Globo deveria permitir a veiculação do "Acústico" com o "rei".
"Acho essa história toda uma besteira. Nós, os fãs, não podemos perder esse especial. No final, fica até chato para o Roberto Carlos, que mais parece um robozinho da Globo, dona de seu controle remoto", escreveu Eliane Nascimento, de São Paulo.
A internauta Marta Chagas Dias, de Osasco (SP) também é favorável à liberação, e manda um recado ao "rei". "Acredito que Roberto Carlos não deve deixar cláusulas de contrato apagarem seu talento inimitável e maravilhoso. Acorda, Roberto!"
Opinião exatamente contrária a essa é a de outro internauta, identificado apenas como Carlos, de São Paulo. Foi a única argumentação contra a liberação do "Acústico", apesar de 13% dos participantes da enquete terem dado razão à Globo na proibição do especial.
"Quando as pessoas tratam de interesses econômicos e se acertam por meio de contrato, o que foi registrado deve ser respeitado", escreveu Carlos no mural da Folha Online.
Longe da discussão sobre quem tem ou não razão nessa história, Edson Medeiros, de São Paulo (SP), garante que até já enviou um e-mail para a Globo, sugerindo a seguinte solução: "Ora, todos sabemos que o público da MTV é predominantemente formado por jovens. Portanto, a liberação do "Acústico" do Roberto Carlos poderia ser autorizada com apresentação simultânea pelas duas emissoras, com destaque para a permissão da Globo. Essa seria uma forma de mostrar à juventude da MTV a qualidade dos artistas contratados pela "todo-poderosa'".
A renda publicitária da exibição conjunta, segundo a sugestão de Medeiros, seria revertida para instituições assistenciais.


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