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500 ANOS
Diretor se afasta da Manchete para dirigir série sobre Vargas,
celebrando o Descobrimento
Avancini toca projeto na Globo
ANNA LEE
da Sucursal do Rio
Longe da Globo há nove
anos, Walter Avancini vai
voltar à emissora pela terceira vez para dirigir a minissérie "Vargas", de
Dias Gomes.
A atração é uma das minisséries que a Globo produzirá para o projeto
"Brasil 500 Anos" -série
de eventos em comemoração dos 500 anos de Descobrimento. Cada minissérie
abordará um período histórico do país.
"Vargas", segundo
Avancini, mostrará em oito capítulos os momentos
que antecederam o suicídio do então presidente da
República, Getúlio Vargas,
em 24 de agosto em 1954.
Esses momentos incluem as pressões recebidas por Vargas para que
renunciasse à Presidência,
por conta de um inquérito
que provou o envolvimento de pessoas ligadas ao seu
governo num atentado
contra o líder oposicionista Carlos Lacerda.
Avancini contou que
ainda estão sendo feitos os
"últimos ajustes" na história que Dias Gomes já escrevera. Só depois, então,
será definido elenco e começará a pré-produção.
As gravações devem começar em setembro no
Projac e em locações no
Rio. Um dos lugares deverá ser o Palácio do Catete,
sede do governo em 1954,
onde Vargas se suicidou.
Para aceitar o convite do
diretor da Central Globo
de Criação, Daniel Filho,
Avancini afastou-se temporariamente da Manchete -onde é o responsável
pela dramaturgia.
No final de 1998, quando
a crise da Manchete se
agravou, Avancini pôs fim,
antes do previsto, à novela
"Brida", que dirigia.
A adaptação da obra homônima de Paulo Coelho
foi uma tentativa de repetir
o sucesso de "Pantanal",
que, em 1990, rendeu à
Manchete média de 42
pontos de audiência em
São Paulo, superando a
Globo, e aumentou seu faturamento em 20%. Cada
ponto representa cerca de
80 mil telespectadores na
Grande São Paulo.
Apesar do contrato com
a Globo, o diretor não pensa em sair da Manchete.
"Tenho muito dinheiro
a receber, não posso sair
de uma hora para outra.
Ninguém sabe o que vai
acontecer", disse Avancini. A emissora está sendo
vendida para a TeleTV.
"Pode ser que me encarreguem de reestruturar o
núcleo de dramaturgia.
Mas não posso me negar a
escutar a Globo. Lá, me
dão condições de trabalho
que nunca me foram oferecidas pela Manchete."
Ele começou na Globo
em 1972, dirigindo "Selva
de Pedra". Nos anos 80,
foi responsável por minisséries como "Grande Sertão Veredas".
Em 1987, passou pela
Bandeirantes. Voltou à
Globo, dirigindo as minisséries "Abolição" e "República". Seu último trabalho na emissora foi o especial "Garota da Capa".
Em 90, esteve no SBT.
Morou dois anos em Portugal e, em 1995, foi para a
Manchete, onde dirigiu
"Tocaia Grande", "Xica
da Silva", "Mandacaru"
e "Brida".
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