São Paulo, domingo, 21 de julho de 2002

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Lucille Ball insistiu na carreira de atriz

JOSÉ AGUIAR
FREE LANCE PARA A FOLHA

Pode-se dizer muita coisa de Lucille Desiree Ball, uma delas é que era uma mulher obstinada. Não fosse assim, não teria insistido na carreira de atriz, mesmo quando seus instrutores na escola dramática lhe disseram estar desperdiçando tempo. Tampouco teria investido no rádio como alternativa ao cinema, onde, mesmo trabalhando intensamente, não encontrava o devido reconhecimento. Foi da radiodifusão para a TV. Bateu o pé para estrelar sua série ao lado do marido, Desi Arnaz. Contrariado, o casal criou o estúdio Desilu (que, em 1966, faria a versão clássica de "Jornada nas Estrelas") e produziu sua série ao seu próprio gosto. Com o patrocínio da Phillip Morris (o que justifica os personagens quase sempre fumarem em cena), "I Love Lucy" estreou na rede CBS em 15 de outubro de 1951.
Sua personagem, uma dona-de-casa ruiva e maluca por confusões, conquistou rapidamente as audiências de todo o mundo. Seus 179 episódios renovaram (e influenciam até hoje) as sitcom (comédias de costumes) graças ao seu formato criativo. Era filmada em 35 mm numa época em que os programas eram exibidos ao vivo e registrados por uma câmera apenas. Inovou ainda ao introduzir uma platéia nas gravações.
O fim da série, em 1957, não foi o da personagem. Até 1960, foram produzidos os especiais "The Luci-Desi Comedy Hour". Entre 1962 e 1974, surgiram "The Lucy Show" (exibido por Silvio Santos no Brasil) e "Here's Lucy". Em 1986 ela retornaria em "Life With Lucy". Morta em 1989, após complicações numa cirurgia, Lucille continua incansável. Passados mais de 50 anos desde sua estréia, a série não deixou de ser exibida um só dia em algum lugar do mundo.


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