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Lucille Ball insistiu na carreira de atriz
JOSÉ AGUIAR
FREE LANCE PARA A FOLHA
Pode-se dizer muita coisa de Lucille Desiree Ball, uma delas é que era uma mulher obstinada. Não fosse assim, não teria insistido na carreira de atriz, mesmo quando seus instrutores na escola dramática lhe disseram estar desperdiçando tempo. Tampouco teria investido no
rádio como alternativa ao cinema, onde, mesmo trabalhando intensamente,
não encontrava o devido reconhecimento. Foi da radiodifusão para a TV.
Bateu o pé para estrelar sua série ao lado
do marido, Desi Arnaz. Contrariado, o
casal criou o estúdio Desilu (que, em
1966, faria a versão clássica de "Jornada
nas Estrelas") e produziu sua série ao
seu próprio gosto. Com o patrocínio da
Phillip Morris (o que justifica os personagens quase sempre fumarem em cena), "I Love Lucy" estreou na rede CBS
em 15 de outubro de 1951.
Sua personagem, uma dona-de-casa
ruiva e maluca por confusões, conquistou rapidamente as audiências de todo
o mundo. Seus 179 episódios renovaram (e influenciam até hoje) as sitcom
(comédias de costumes) graças ao seu
formato criativo. Era filmada em 35 mm
numa época em que os programas eram
exibidos ao vivo e registrados por uma
câmera apenas. Inovou ainda ao introduzir uma platéia nas gravações.
O fim da série, em 1957, não foi o da
personagem. Até 1960, foram produzidos os especiais "The Luci-Desi Comedy Hour". Entre 1962 e 1974, surgiram "The Lucy Show" (exibido por Silvio Santos no Brasil) e "Here's Lucy".
Em 1986 ela retornaria em "Life With
Lucy". Morta em 1989, após complicações numa cirurgia, Lucille continua incansável. Passados mais de 50 anos desde sua estréia, a série não deixou de ser
exibida um só dia em algum lugar do
mundo.
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