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Agora ela não tem mais do que reclamar
CARLA MENEGHINI
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A atriz Neuza Borges, 57, a Dalva de "O
Clone" (Globo, 20h), comemora 36 anos
de carreira na TV do jeito que tanto pediu: bem empregada. "Não quero troféus; eles não pagam minhas contas."
Nos últimos meses, a atriz foi a vários
programas de TV -como os de Ratinho
e Sonia Abrão- reclamar da miséria e
abandono a que estava submetida desde
seu último trabalho, "A Indomada"
(1997). "Não tinha dinheiro nem para o
aluguel", conta Neuza, que cria uma filha
e doze netos.
O apelo sensibilizou telespectadores,
artistas e produtores, que doaram dinheiro e ofereceram "pontas" em programas humorísticos.
Na verdade, o convite da autora Glória
Perez para "O Clone" foi feito em setembro de 2000, mas ainda faltava um ano
para começarem as gravações, e a atriz
não tinha nenhum trabalho em vista.
Ela diz estar atualmente aliviada, mas
não esconde a preocupação com quando
terminar "O Clone". "Tenho medo de
que me enterrem viva de novo."
Neuza estreou no teledrama "A Deusa
Vencida", na TV Excelsior, em 1965, e
trabalhou em mais de 20 novelas. Ganhou destaque com "Escrava Isaura"
(1977), em que interpretava Rita, escrava
amiga de Isaura (Lucélia Santos).
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