São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2001

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Agora ela não tem mais do que reclamar

CARLA MENEGHINI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A atriz Neuza Borges, 57, a Dalva de "O Clone" (Globo, 20h), comemora 36 anos de carreira na TV do jeito que tanto pediu: bem empregada. "Não quero troféus; eles não pagam minhas contas."
Nos últimos meses, a atriz foi a vários programas de TV -como os de Ratinho e Sonia Abrão- reclamar da miséria e abandono a que estava submetida desde seu último trabalho, "A Indomada" (1997). "Não tinha dinheiro nem para o aluguel", conta Neuza, que cria uma filha e doze netos.
O apelo sensibilizou telespectadores, artistas e produtores, que doaram dinheiro e ofereceram "pontas" em programas humorísticos.
Na verdade, o convite da autora Glória Perez para "O Clone" foi feito em setembro de 2000, mas ainda faltava um ano para começarem as gravações, e a atriz não tinha nenhum trabalho em vista.
Ela diz estar atualmente aliviada, mas não esconde a preocupação com quando terminar "O Clone". "Tenho medo de que me enterrem viva de novo."
Neuza estreou no teledrama "A Deusa Vencida", na TV Excelsior, em 1965, e trabalhou em mais de 20 novelas. Ganhou destaque com "Escrava Isaura" (1977), em que interpretava Rita, escrava amiga de Isaura (Lucélia Santos).


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