São Paulo, domingo, 25 de agosto de 2002

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ESTRÉIA

Do autor de "Vamp", "O Beijo do Vampiro" repete tema para tentar atrair o público jovem

E o vampirismo está de volta às 19h

CARLA MENEGHINI
DA REPORTAGEM LOCAL

DEPOIS da repetição de tipos e temas de "Terra Nostra" e "O Rei do Gado" em "Esperança", de Benedito Ruy Barbosa, a nova novela das sete, "O Beijo do Vampiro", que estréia amanhã na mesma Globo, também deve gerar uma sensação de déjà vu. Escrita por Antônio Calmon, a trama gira em torno de vampiros, como "Vamp", do mesmo autor, que foi ao ar em 1991.
"É natural que aconteça a comparação, até porque as duas são sobre o vampirismo, mas a semelhança acaba aí. "Vamp" não dispunha dos recursos que temos hoje e nem tinha núcleo dramático forte. São completamente diferentes.", diz o diretor da novela, Marcos Paulo. "Até o universo dos vampiros é bem diferente do de "Vamp", que acabou se perdendo e virando uma chanchada. Desta vez, o Calmon vai manter mais equilíbrio para não abrir mão do público das donas-de-casa", diz Cláudia Raia, que interpreta a vilã Mina na trama. "A personagem é um presente do Calmon." Mas o presente foi retribuído com um desafio ao autor: depois de assumir a personagem, que é infértil, Cláudia descobriu que está grávida, e agora Calmon terá de quebrar a cabeça para adaptar a crescente barriga da atriz à trama.

Retomada
Misturando terror e humor, "O Beijo do Vampiro" entra no ar com uma missão: reaproximar o público infanto-juvenil do horário das 19h.
Sua antecessora, "Desejos de Mulher", não economizou cenas de violência e temática adulta, distanciando-se do formato tradicional de novela das sete: jovem e humorística. "Não quero comparar, mas "Beijo" é uma mistura que deve atrair os públicos jovem e adulto. Certamente, o vampirismo estimula o imaginário dos menores", diz o diretor.
A produção inicialmente é dividida em duas épocas: a medieval, gravada em Portugal, em que o vampiro Bóris se apaixona pela princesa Cecília; e a atual, em que ele tenta conquistar Lívia, reencarnação da princesa.
Com tanta excentricidade, a estréia causa ansiedade no elenco. "Tem tudo para dar certo, mas dá medo de não ganhar o público, como foi com "As Filhas da Mãe", que pecou pela ousadia", diz Cláudia, cuja maquiagem para encarnar Mina leva quatro horas para ser feita.



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