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NOVELAS
Aguinaldo Silva termina de escrever a novela das oito e diz que contaria
a história hoje de outra maneira
Autor faria "Suave Veneno" diferente
da Reportagem Local
Aguinaldo Silva terminou esta
semana de escrever a novela das
oito da Globo, "Suave Veneno",
afirmando que nunca mais quer
repetir a experiência de voltar a
escrever uma trama antes do tempo previsto em seu contrato (18
meses). A novela, que será substituída por "Terra Nostra", de Benedito Ruy Barbosa, deve terminar no dia 17 de setembro.
Sua novela anterior, "A Indomada" (atualmente reprisada no
"Vale a Pena Ver de Novo"), foi
concluída em outubro de 97.
"Suave Veneno" estreou às pressas em janeiro deste ano, depois
de muita indefinição sobre quem
escreveria a sucessora de "Torre
de Babel", de Silvio de Abreu.
"Tinha uma história boa nas
mãos, mas não tive tempo de descobrir como contá-la", diz Aguinaldo. Segundo ele, sua idéia era
fazer uma mistura da peça "Rei
Lear", de Shakespeare -com a
disputa das três filhas de Waldomiro (José Wilker) pela sucessão
na presidência da Marmoreal-,
com o filme "Um Corpo que Cai",
de Hitchcock - o homem que se
apaixona pela falsa identidade de
uma desconhecida (Glória Pires).
"O público não embarcou no
clima de mistério que tentei criar.
Se começasse a novela hoje, escreveria na ordem direta: primeiro o
público conheceria a história da
Lavínia para depois vê-la trocando de identidade para dar um golpe em Waldomiro."
Aguinaldo credita a baixa audiência da novela -média de 38
pontos, contra 43 de "Torre de
Babel"- à segmentação do mercado televisivo. "Com a TV paga
para a classe A e programas como
o de Ratinho para as classes C e D,
só assiste novela quem realmente
gosta. O gênero encontrou seu
público verdadeiro."
Sobre o final da novela, Aguinaldo só adianta que o craque Renildo (Rodrigo Faro) não acabará
no auge da carreira, e Carlota
(Betty Faria) revelará o que é o tal
"inominável": usará um chicotinho numa relação sado-masô, como fazia com Figueira (Kadu Moliterno), seu ex-amante.
A próxima trama de Aguinaldo
voltará a se passar em uma cidadezinha fictícia do Nordeste e terá
um dono de posto de gasolina
chamado Zé do Álcool.
(THIAGO STIVALETTI)
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