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Para chef, programas evoluíram
da Reportagem Local
Mesmo quando está longe das panelas, Carlos Siffert, 31, chef e proprietário
do restaurante Tambor,
em São Paulo, não esquece
a culinária. O cozinheiro
costuma assistir vários
programas sobre o tema.
Para ele, os programas
sobre culinária de hoje são
muito diferentes dos que
existiam há dez anos. "Antigamente todos eram voltados para as donas-de-casa, agora eles são mais interessantes", diz.
Um programa tradicional como "A Cozinha Maravilhosa de Ofélia", da
Bandeirantes, ainda tem
valor. "Ela não tem nenhuma pretensão de ensinar nada da 'nouvelle cuisine', mas é sério e honesto", avalia Siffert.
Já as receitas dadas no
"Note e Anote", apresentado por Ana Maria Braga
na Record, ele classifica
como "abaixo da crítica".
"Quem gosta de cozinhar já sabe o que eles estão falando e quem quer
aprender não consegue tirar nada dali. Sem falar na
mise-en-scène dela..."
Outro ponto levantado
por Siffert sobre as receitas
do "Note e Anote" é a
substituição de ingredientes. "Muitas vezes trocam
manteiga por margarina.
Quem tem mais informação não faz essa troca."
Segundo Siffert, a TV paga traz as melhores opções,
apesar da dificuldade da
língua. "A maioria não
tem nenhuma tradução. Às
vezes, os dublados são piores ainda. Já traduziram
manjericão como basilicão", diz Siffert.
Na sua opinião, o "Ristorante Italia", do Eurochannel, é antiquado, mas
as partes com Gualtiero
Marchesi, um dos pioneiros da nouvelle cuisine da
Itália, são boas. Ele dá receitas maravilhosas."
Ele cita também o programa de Karlos Arguiñano, veiculado no Eurochannel no horário da programação da TV Espanhola. "Ele ensina coisas locais, superespanholas."
O "Frugal Gourmet", de
Jeff Smith, no GNT, traz
receitas diferentes.
Para Siffert, Rodolfo Bottino, do "UD Gourmet",
do Shoptime, não é ruim.
"Mas ele merecia coisa
melhor. Ele fica preso aos
produtos que tem de vender e 95% daquilo é inútil".
(MARIANA SCALZO)
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