São José dos Campos, Terça, 2 de fevereiro de 1999

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VALE DO PARAÍBA
Diferenças ainda não estão sendo repassadas aos clientes
Produtos hospitalares têm reajuste de até 60% em S. José

KARINA OGO
da Folha Vale

Os preços de materiais e produtos hospitalares importados ou que têm valor atrelado ao dólar estão sendo negociados no Vale com reajustes que variam entre 15% e 60%, devido à desvalorização do real.
Ontem, pela primeira vez desde o início da crise, o real apresentou uma recuperação. A cotação do dólar caiu para R$ 1,91, depois de ter alcançado R$ 2,17.
Alguns hospitais, clínicas e laboratórios já estão adquirindo os estoques com preços alterados, mas ainda não repassaram a diferença para os clientes.
O diretor-presidente do Laboratório Oswaldo Cruz, em São José, Hector Enrique Giana, disse que está tendo de vender bens familiares para cobrir a diferença ocasionada pela mudança cambial.
Segundo ele, uma compra que antes custava R$ 25 mil passou para quase R$ 40 mil.
"Cerca de 80% dos produtos que usamos são importados, como os reagentes dos exames. Não podemos repassar ao cliente, pois não houve aumento dos preços dos convênios."
No laboratório Seclin Serviços de Análises Clínicas, o aumento por parte dos fornecedores foi entre 20% e 25%.
Na Clínica Imed, que faz serviços de radiografia, tomografia e ressonância magnética, entre outros, o principal reflexo foi o aumento em cerca de 25% dos filmes usados nos exames.
Na Santa Casa e no hospital Pio 12, de São José, as diferenças foram percebidas nos materiais descartáveis. A média de acréscimo foi de 20%.



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