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VALE DO PARAÍBA
Diferenças ainda não estão sendo repassadas aos clientes
Produtos hospitalares têm reajuste de até 60% em S. José
KARINA OGO
da Folha Vale
Os preços de materiais e produtos hospitalares importados
ou que têm valor atrelado ao dólar estão sendo negociados no
Vale com reajustes que variam
entre 15% e 60%, devido à desvalorização do real.
Ontem, pela primeira vez desde o início da crise, o real apresentou uma recuperação. A cotação do dólar caiu para R$ 1,91,
depois de ter alcançado R$ 2,17.
Alguns hospitais, clínicas e laboratórios já estão adquirindo
os estoques com preços alterados, mas ainda não repassaram a
diferença para os clientes.
O diretor-presidente do Laboratório Oswaldo Cruz, em São
José, Hector Enrique Giana, disse que está tendo de vender bens
familiares para cobrir a diferença ocasionada pela mudança
cambial.
Segundo ele, uma compra que
antes custava R$ 25 mil passou
para quase R$ 40 mil.
"Cerca de 80% dos produtos
que usamos são importados, como os reagentes dos exames.
Não podemos repassar ao cliente, pois não houve aumento dos
preços dos convênios."
No laboratório Seclin Serviços
de Análises Clínicas, o aumento
por parte dos fornecedores foi
entre 20% e 25%.
Na Clínica Imed, que faz serviços de radiografia, tomografia e
ressonância magnética, entre
outros, o principal reflexo foi o
aumento em cerca de 25% dos
filmes usados nos exames.
Na Santa Casa e no hospital
Pio 12, de São José, as diferenças
foram percebidas nos materiais
descartáveis. A média de acréscimo foi de 20%.
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