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Indústria farmacêutica promete manter preços durante este mês
RODRIGO VERGARA
da Reportagem Local
As principais indústrias de produtos farmacêuticos do país firmaram compromisso ontem, em reunião com representantes do Ministério da Fazenda, de não promover
aumentos de preços em fevereiro.
O encontro aconteceu em São
Paulo e reuniu 25 dos maiores laboratórios do país, responsáveis
por mais de 90% do mercado nacional. O setor foi convidado a discutir com o governo porque boa
parte de sua produção é composta
de produtos importados, que tiveram aumento de preço por causa
da desvalorização do real.
O acordo significa que as farmácias e drogarias de todo o país venderão de acordo com as tabelas
fornecidas pelas indústrias em janeiro.
Os aumentos de custos causados
pela desvalorização do real só deverão ser repassados ao consumidor a partir de março, e mesmo assim "escalonados", disseram José
Eduardo Bandeira de Mello, presidente da Abifarma, e Cláudio Considera, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério
da Fazenda.
Mas o governo também fará sua
contrapartida para segurar os preços dos medicamentos. Segundo o
representante da Fazenda, as alíquotas de importação de alguns
medicamentos serão reduzidas.
Ou seja, os medicamentos importados ou produzidos no Brasil
com matéria-prima importada terão seus custos reduzidos.
As primeiras reduções já aconteceram. Mello anunciou ontem que
o presidente Fernando Henrique
Cardoso já assinou um decreto reduzindo de 20% para 3% as alíquotas de importação de medicamentos para câncer e Aids.
Estes últimos, na verdade, significam uma economia para o próprio governo, já que boa parte dos
medicamentos mais sofisticados
contra a doença é distribuída gratuitamente pelo SUS.
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