São José dos Campos, Terça, 2 de fevereiro de 1999

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Indústria farmacêutica promete manter preços durante este mês

RODRIGO VERGARA
da Reportagem Local

As principais indústrias de produtos farmacêuticos do país firmaram compromisso ontem, em reunião com representantes do Ministério da Fazenda, de não promover aumentos de preços em fevereiro.
O encontro aconteceu em São Paulo e reuniu 25 dos maiores laboratórios do país, responsáveis por mais de 90% do mercado nacional. O setor foi convidado a discutir com o governo porque boa parte de sua produção é composta de produtos importados, que tiveram aumento de preço por causa da desvalorização do real.
O acordo significa que as farmácias e drogarias de todo o país venderão de acordo com as tabelas fornecidas pelas indústrias em janeiro.
Os aumentos de custos causados pela desvalorização do real só deverão ser repassados ao consumidor a partir de março, e mesmo assim "escalonados", disseram José Eduardo Bandeira de Mello, presidente da Abifarma, e Cláudio Considera, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda.
Mas o governo também fará sua contrapartida para segurar os preços dos medicamentos. Segundo o representante da Fazenda, as alíquotas de importação de alguns medicamentos serão reduzidas.
Ou seja, os medicamentos importados ou produzidos no Brasil com matéria-prima importada terão seus custos reduzidos.
As primeiras reduções já aconteceram. Mello anunciou ontem que o presidente Fernando Henrique Cardoso já assinou um decreto reduzindo de 20% para 3% as alíquotas de importação de medicamentos para câncer e Aids.
Estes últimos, na verdade, significam uma economia para o próprio governo, já que boa parte dos medicamentos mais sofisticados contra a doença é distribuída gratuitamente pelo SUS.



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