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ECONOMIA
Verba é usada em salário; síndico nega irregularidade
Ex-funcionário denuncia uso irregular de dinheiro da Engesa
da Folha Vale
A massa falida da Engesa, empresa que produzia material bélico em São José e está fechada desde 93, pode estar sendo utilizada
de maneira irregular para pagar
supersalários.
A denúncia é do ex-funcionário
da empresa Alcemir Rosa e do
presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, Antonio
Donizete Ferreira.
Já os cerca de 3.000 trabalhadores, sendo 1.247 de São José e o
restante das unidades de Barueri e
Salvador, aguardam para receber
os direitos trabalhistas.
Um dos exemplos citados por
Rosa e que consta na prestação de
contas da massa falida é o pagamento mensal de R$ 4.437 à Rosemary Barbosa Cerqueira.
O salário foi pago entre dezembro do ano passado e março último. Em resposta a uma consulta
feita em Salvador, onde Rosemary estaria prestando serviço à
massa falida, o ex-funcionário foi
informado que "ela não existe".
"Se não pode mexer no dinheiro da massa falida, como pode pagar um salário desse para funcionário "fantasma'", disse Rosa.
Outros pagamentos considerados altos, como conta de luz de R$
4.909,72, também estão sendo
contestados.
O advogado Célio Melo Almado
Filho, síndico da massa falida, disse que vai processar Rosa.
Segundo ele, a massa tem uma
despesa mensal entre R$ 50 mil e
R$ 55 mil, que é custeada com os
juros dos R$ 5 milhões bloqueados pela Justiça. Ele disse que Rosemary é advogada da massa falida em Salvador e que estava com
o salário de R$ 1.700 atrasado.
Rosemary não foi encontrada
ontem para comentar o assunto.
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