São José dos Campos, Quarta, 4 de agosto de 1999

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ECONOMIA
Verba é usada em salário; síndico nega irregularidade
Ex-funcionário denuncia uso irregular de dinheiro da Engesa

da Folha Vale

A massa falida da Engesa, empresa que produzia material bélico em São José e está fechada desde 93, pode estar sendo utilizada de maneira irregular para pagar supersalários.
A denúncia é do ex-funcionário da empresa Alcemir Rosa e do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, Antonio Donizete Ferreira.
Já os cerca de 3.000 trabalhadores, sendo 1.247 de São José e o restante das unidades de Barueri e Salvador, aguardam para receber os direitos trabalhistas.
Um dos exemplos citados por Rosa e que consta na prestação de contas da massa falida é o pagamento mensal de R$ 4.437 à Rosemary Barbosa Cerqueira.
O salário foi pago entre dezembro do ano passado e março último. Em resposta a uma consulta feita em Salvador, onde Rosemary estaria prestando serviço à massa falida, o ex-funcionário foi informado que "ela não existe".
"Se não pode mexer no dinheiro da massa falida, como pode pagar um salário desse para funcionário "fantasma'", disse Rosa.
Outros pagamentos considerados altos, como conta de luz de R$ 4.909,72, também estão sendo contestados.
O advogado Célio Melo Almado Filho, síndico da massa falida, disse que vai processar Rosa.
Segundo ele, a massa tem uma despesa mensal entre R$ 50 mil e R$ 55 mil, que é custeada com os juros dos R$ 5 milhões bloqueados pela Justiça. Ele disse que Rosemary é advogada da massa falida em Salvador e que estava com o salário de R$ 1.700 atrasado.
Rosemary não foi encontrada ontem para comentar o assunto.



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