São José dos Campos, Quinta, 5 de agosto de 1999

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Taubaté pode manter Sermo sem receber

free-lance para a Folha Vale

A bancada de situação na Câmara de Taubaté está articulando acordo para a permanência na cidade da Sermo do Brasil no qual a prefeitura abre mão de indenização pela área (com benfeitorias) ocupada atualmente pela indústria, mas que pertence legalmente ao município.
O acordo está sendo articulado pelo líder de Ortiz, José Cezário Neto (PSDC), e já conta com o apoio de 12 dos 21 vereadores da Câmara.
Ele prevê a doação da área para a Sermo, o pagamento de indenização de R$ 1,2 milhão pela Sermo à Stork ISC Ltda., e a devolução à prefeitura pela Stork de uma segunda área que possui no Distrito Industrial do Una 1.
Essa área, onde há uma fábrica da Stork parcialmente desativada, foi doada em janeiro de 95.
No ano passado, a empresa transferiu suas atividades para Piracicaba.
"O prefeito apóia essa e qualquer outra iniciativa para resolver o problema", afirmou o assessor de Ortiz, Amadeu Matera Júnior.
"É uma saída que não vai complicar nada", disse Jair Gomes (PDT), um dos oposicionistas que apóiam o acordo - os outros são Itamar de Jesus (PMDB) e Djalma Castro (sem partido).
A Sermo confirmou que apóia a iniciativa de Cezário. Nenhum diretor da Stork foi encontrado.
"Esse acordo não muda nada, a situação continua ilegal do mesmo jeito", afirmou o presidente da Câmara Municipal, Wilson Vieira (PDT), que prometeu não colocar o projeto em votação.
Vieira quer que a Sermo indenize o município em R$ 1 milhão. A fábrica ocupada pela empresa está avaliada em R$ 981.552,42.



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