São José dos Campos, Domingo, 05 de Dezembro de 1999


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HABITAÇÃO 2
Defesa Civil vai monitorar regiões de risco no verão por meio de plano estadual de prevenção
Defesa Civil vai monitorar área de risco



free-lance para a Folha Vale

As comissões de Defesa Civil das quatro cidades do litoral norte iniciaram na última quarta-feira o Plano Preventivo de Defesa Civil 99/2000, programa estadual específico para áreas de deslizamento, onde está a maioria das famílias em situação de risco.
O plano consiste no monitoramento diário dos locais, paralelamente ao acompanhamento das previsões meteorológicas e da quantidade de chuva a cada dia.
No ano passado, duas pessoas morreram depois de serem carregadas por uma enxurrada em São Sebastião e uma família teve de ser removida porque teve a casa destruída por um desmoronamento de terra.
Há dois anos, também houve desabrigados em Ubatuba.
A Defesa Civil da cidade não informou quantas famílias habitam áreas de risco de desmoronamento e enchentes atualmente, quanto foi investido para amenizar o problema e qual seria o investimento necessário para erradicá-lo.

Observação
O Plano Preventivo de Defesa Civil 99/2000 tem quatro estágios. A primeira fase consiste na observação permanente das áreas de risco.
Nessa etapa, os técnicos e voluntários da Defesa Civil medem duas vezes por dia o volume de precipitação pluviométrica
Caso as chuvas atinjam 120 milímetros durante três dias, o órgão entra em estado de atenção. Quando isso acontece, as visitações às áreas de risco passam a acontecer entre duas e três vezes por dia e é feito monitoramento das condições do solo.
Caso haja escorregamentos, a Defesa Civil entra na etapa de alerta, retirando as famílias da área ao redor.
O órgão só entra na quarta e última fase, a de alerta máximo, quando as chuvas fortes persistirem e fizerem desabrigados.
Nesse caso, todos os moradores são retirados das áreas de risco e mandados para abrigos provisórios, como ginásios e escolas, ou para a casa de parentes. A prefeitura providencia cestas básicas, roupas e remédios para os desabrigados.
Nos 12 anos em que o Plano Provisório tem sido aplicado nas cidades do litoral norte, as comissões de Defesa Civil nunca chegaram a atingir o estado de alerta máximo.

Apreensão
Como os investimentos municipais não são suficientes para erradicar o problema, as comissões estão trabalhando para evitar que mais famílias se fixem nas áreas de risco.
Em Ilhabela, o presidente da Defesa Civil, Nivaldo Simões, diz que os voluntários e técnicos estão derrubando barracos que começam a ser construídos e até apreendendo materiais de construção que encontram nas áreas de risco, seja ele iminente ou não.
"Isso ocorre porque estamos pondo em prática um programa de controle de ocupação urbana, para evitar tragédias. Mesmo assim, temos muitas casas construídas e famílias morando em locais de risco iminente."


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