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HABITAÇÃO 2
Defesa Civil vai monitorar regiões de risco no verão por meio de plano estadual de prevenção
Defesa Civil vai monitorar área de risco
free-lance para a Folha Vale
As comissões de Defesa Civil
das quatro cidades do litoral norte
iniciaram na última quarta-feira o
Plano Preventivo de Defesa Civil
99/2000, programa estadual específico para áreas de deslizamento,
onde está a maioria das famílias
em situação de risco.
O plano consiste no monitoramento diário dos locais, paralelamente ao acompanhamento das
previsões meteorológicas e da
quantidade de chuva a cada dia.
No ano passado, duas pessoas
morreram depois de serem carregadas por uma enxurrada em São
Sebastião e uma família teve de
ser removida porque teve a casa
destruída por um desmoronamento de terra.
Há dois anos, também houve
desabrigados em Ubatuba.
A Defesa Civil da cidade não informou quantas famílias habitam
áreas de risco de desmoronamento e enchentes atualmente, quanto foi investido para amenizar o
problema e qual seria o investimento necessário para erradicá-lo.
Observação
O Plano Preventivo de Defesa
Civil 99/2000 tem quatro estágios.
A primeira fase consiste na observação permanente das áreas de
risco.
Nessa etapa, os técnicos e voluntários da Defesa Civil medem
duas vezes por dia o volume de
precipitação pluviométrica
Caso as chuvas atinjam 120 milímetros durante três dias, o órgão
entra em estado de atenção.
Quando isso acontece, as visitações às áreas de risco passam a
acontecer entre duas e três vezes
por dia e é feito monitoramento
das condições do solo.
Caso haja escorregamentos, a
Defesa Civil entra na etapa de
alerta, retirando as famílias da
área ao redor.
O órgão só entra na quarta e última fase, a de alerta máximo,
quando as chuvas fortes persistirem e fizerem desabrigados.
Nesse caso, todos os moradores
são retirados das áreas de risco e
mandados para abrigos provisórios, como ginásios e escolas, ou
para a casa de parentes. A prefeitura providencia cestas básicas,
roupas e remédios para os desabrigados.
Nos 12 anos em que o Plano
Provisório tem sido aplicado nas
cidades do litoral norte, as comissões de Defesa Civil nunca chegaram a atingir o estado de alerta
máximo.
Apreensão
Como os investimentos municipais não são suficientes para erradicar o problema, as comissões
estão trabalhando para evitar que
mais famílias se fixem nas áreas
de risco.
Em Ilhabela, o presidente da
Defesa Civil, Nivaldo Simões, diz
que os voluntários e técnicos estão derrubando barracos que começam a ser construídos e até
apreendendo materiais de construção que encontram nas áreas
de risco, seja ele iminente ou não.
"Isso ocorre porque estamos
pondo em prática um programa
de controle de ocupação urbana,
para evitar tragédias. Mesmo assim, temos muitas casas construídas e famílias morando em locais
de risco iminente."
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