da Folha Vale

O Comando da 2ª Região Militar do Sudeste está investigando, por meio de um processo administrativo, a responsabilidade pela fabricação irregular de equipamentos bélicos na empresa Target Engenharia e Comércio Ltda., de São José dos Campos.
Na última sexta-feira o Exército apreendeu material e artefatos bélicos que estavam na empresa, situada em uma área residencial no distrito de Eugênio de Melo.
A inspeção foi realizada após uma denúncia apresentada pela empresa Aema Componentes Ltda., também de São José, que detém a exclusividade na produção de material bélico para as Forças Armadas.
Além de unidades já produzidas de lança-granadas e de motores-foguete, foram apreendidos equipamentos e peças utilizadas na linha de produção da Target. O material foi encaminhado para o CTA (Centro Técnico Aeroespacial), em São José.
De acordo com o assistente de diretoria da Aema, Nilton Fragoso, a empresa não pode assinar o contrato com o Ministério da Aeronáutica porque tinha uma dívida com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
"Apresentamos a Target como nossa representante comercial, como permite a Lei das Licitações, mas a fabricação seria feita pela Aema, que tem o registro para isso", disse Fragoso.
O advogado da Target, Ivan José Silva, afirmou que a empresa assumiu a fabricação, em maio, devido à impossibilidade de a Aema entregar o material. "Essa transferência, por algum impedimento, está prevista no contrato de parceria entre as duas empresas", disse Silva.
Em ofício expedido no dia 11 de fevereiro deste ano, o Brigadeiro-do-Ar Wilson José Romano, diretor-interino da Dirmab (Diretoria de Material Bélico da Aeronáutica), determina que a Target passe a ser a fiel depositária do material utilizado na fabricação dos equipamentos.
A empresa passou então a ser, no lugar da Aema, a responsável pela "guarda, segurança e estocagem" do material, que pertence às Forças Armadas. A Target está temporariamente impedida de fabricar material bélico.



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