da Reportagem Local

O estudante L.C., 9, atirou em seu colega J.B., 11, enquanto brincava em sua casa, em Igaratá, na noite de sábado.
Segundo a polícia, L.C., que é deficiente físico -tem problemas de fala e de audição- teria disparado com um revólver calibre 22 que pertenceria ao seu pai. O tiro atingiu o peito de J.B., que não corre risco de vida.
O pai de L., que trabalha como segurança no Social Clube de Igaratá, Eurípedes Canhoto, negou em depoimento à polícia ser dono da arma. Ele não foi encontrado pela reportagem da Folha para comentar o caso.
A arma ainda não foi encontrada pelos policiais.
O delegado titular de Igaratá, Adilson Carvalho, afirmou que abriu inquérito para investigar o caso e deverá ouvir todos os familiares da vítima ainda esta semana. "Vamos intimá-los para ouvir os depoimentos. Também estou aguardando a entrega do projétil que atingiu J.B. para determinar o calibre da arma e confirmar os depoimentos."
Segundo o delegado, também poderá ser feito um exame de balística para confirmar como aconteceu o caso.
Também serão tomados depoimentos de todos os familiares de L.C., mas só após a família de J.B. ser ouvida.

Depoimentos
Segundo o delegado, J.B. afirmou que estava na casa dos pais de L.C. por volta das 19h30 de sábado. Os dois estariam sozinhos.
Em um dado momento, L.C. teria subido em uma cadeira e alcançado um revólver, que estaria escondido em cima de um guarda-roupa. Com a arma, L.C. começou a ameaçar J.B. e disparou contra o estudante. "Ainda bem que o tiro não foi dado à queima-roupa, senão o menino estaria morto", afirmou o delegado.
O projétil atingiu as costelas de J.B. e acabou desviando de direção, se alojando na axila direita do menino. Ele está bem e não corre risco de vida.
Segundo a polícia, os pais de J.B. deveriam levá-lo hoje à Santa Casa de Jacareí para uma operação de extração de bala. A administração da entidade informou que não havia previsão para esse tipo de operação ontem.



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