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SEGURANÇA
Segundo a Polícia, há cerca de 30 empresas sem cadastro como de segurança, mas que prestam serviços na área
PF faz blitz em empresas de segurança
KEILA RIBEIRO
DA FOLHA VALE
A Polícia Federal iniciou ontem
um "pente-fino" em empresas
que prestam serviços de segurança em cidades do Vale do Paraíba
e do litoral norte para autuar as
unidades que estão funcionando
irregularmente na região.
As empresas que estão atuando
como grupos de vigilância ilegalmente e não encerrarem as atividades serão notificadas, e os proprietários poderão ser presos, segundo o delegado da PF de São
José dos Campos, Olavo Varajão.
Um levantamento realizado pela Polícia Federal revela que existem cerca de 30 empresas na região que não estão cadastradas
como serviço de vigilância, mas
que são responsáveis pela segurança em indústrias, shoppings e
até mesmo supermercados.
A denúncia foi apresentada pelo
Sindicato dos Vigilantes do Vale
do Paraíba e do Litoral Norte, que
entregou à delegacia da PF nomes
de empresas que oficialmente estão aptas a prestar serviços de zeladoria e portaria, mas que estariam oferecendo serviços de vigilância e rondas.
O presidente do sindicato, Luiz
Donizeti Silva, disse que, com o
comportamento irregular, as empresas economizariam com valores de salários, encargos trabalhistas e seguros pagos aos funcionários e em taxas de autorização para funcionamento.
"O funcionário é prejudicado
porque ganha pouco e corre mais
riscos", disse.
O delegado da PF, Olavo Varajão, disse que, durante a elaboração do levantamento, os policiais
que fiscalizaram as empresas encontraram seguranças trabalhando irregularmente, principalmente em supermercados.
Os funcionários se identificavam aos policiais federais apenas
como auxiliares administrativos
ou estoquistas, mas seriam responsáveis por rondas nos locais e
vigilância de clientes.
Segundo o delegado, as empresas se "travestiriam" de grupos de
fornecimento de serviços de limpeza e portaria, mas orientariam
os funcionários a vigiar e preservar o patrimônio.
Para o delegado, a denominação das empresas não será considerada, mas o que cada grupo desenvolve efetivamente. As rondas,
por exemplo, segundo ele, são
atribuição exclusiva de segurança
privada.
"Elas (as empresas) estudam a
legislação para burlar a lei e pagar
menos. Isso vai acabar", disse.
A PF vai priorizar a fiscalização
das empresas irregulares e clandestinas, mas também vai analisar as empresas que já estão regularizadas para verificar se estão
cumprindo as normas de segurança.
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