São José dos Campos, Quinta-feira, 14 de Junho de 2001

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TRANSPORTES
Uma das concessionárias propunha que o valor da tarifa saltasse de R$ 1,20 para R$ 1,75 ainda neste mês
Empresas recuam de reajuste de ônibus

DA REDAÇÃO

No dia em que o pedido de reajuste foi divulgado, as duas maiores concessionárias do transporte coletivo urbano de São José dos Campos desistiram de aumentar o preço da tarifa de ônibus para até R$ 1,75. O usuário paga hoje a tarifa básica de R$ 1,20.
As empresas enviaram ontem à Secretaria Municipal dos Transportes um ofício avisando sobre a nova decisão.
O recuo, adiantado ontem pela Folha, não foi explicado pelas empresas, que vêm sendo pressionadas pressionadas pela Prefeitura de São José dos Campos.
A prefeitura divulgou que pretende realizar uma auditoria no sistema de transportes ainda neste ano, o que vai incluir as concessionárias.
Caso se concretize, a auditoria será a primeira realizada durante a gestão do prefeito Emanuel Fernandes (PSDB).
Emanuel afirmou ontem à Folha que não vai aceitar o índice de reajuste reivindicado pelas empresas.

Passageiros
O pedido de reajuste havia sido enviado pelas empresas Capital do Vale e Viação Real, que transportam cerca de 3 milhões de passageiros por mês, ao secretário municipal Eduardo Cury (Transportes).
Cury determinou que uma secretária divulgasse ontem à tarde o recuo das empresas.
Mesmo com a insistência, o secretário não quis dar declarações sobre a desistência. Segundo a secretária, ele estava vistoriando o trânsito.
A Folha tentou ouvir ontem os diretores das empresas Duarte Alves Marques (Viação Real) e Renê Gomes de Souza (Capital do Vale), pelo segundo dia consecutivo, para que eles falassem sobre a mudança de planos.
Até as 21h de ontem, eles não haviam telefonado de volta para comentar o pedido.

Índices
O maior índice foi pedido pela Viação Real, que queria a passagem a R$ 1,75, um reajuste de 45,8%. A Capital do Vale defendia a tarifa de R$ 1,58, 31,6% mais.
As empresas alegavam no ofício enviado a Cury aumento de custos nos últimos dois anos. Em setembro de 1999, a tarifa subiu de R$ 1,00 para R$ 1,20.
Na época, as concessionárias queriam entre 40% e 80%, mas depois concordaram com um mínimo de 30%. Para convencer as empresas a aceitar o reajuste menor, a prefeitura iniciou uma operação de combate aos perueiros clandestinos, o que culminou com ônibus incendiados e motoristas de peruas presos.


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