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TRANSPORTES
Uma das concessionárias propunha que o valor da tarifa saltasse de R$ 1,20 para R$ 1,75 ainda neste mês
Empresas recuam de reajuste de ônibus
DA REDAÇÃO
No dia em que o pedido de reajuste foi divulgado, as duas maiores concessionárias do transporte
coletivo urbano de São José dos
Campos desistiram de aumentar
o preço da tarifa de ônibus para
até R$ 1,75. O usuário paga hoje a
tarifa básica de R$ 1,20.
As empresas enviaram ontem à
Secretaria Municipal dos Transportes um ofício avisando sobre a
nova decisão.
O recuo, adiantado ontem pela
Folha, não foi explicado pelas empresas, que vêm sendo pressionadas pressionadas pela Prefeitura
de São José dos Campos.
A prefeitura divulgou que pretende realizar uma auditoria no
sistema de transportes ainda neste ano, o que vai incluir as concessionárias.
Caso se concretize, a auditoria
será a primeira realizada durante
a gestão do prefeito Emanuel Fernandes (PSDB).
Emanuel afirmou ontem à Folha que não vai aceitar o índice de
reajuste reivindicado pelas empresas.
Passageiros
O pedido de reajuste havia sido
enviado pelas empresas Capital
do Vale e Viação Real, que transportam cerca de 3 milhões de passageiros por mês, ao secretário
municipal Eduardo Cury (Transportes).
Cury determinou que uma secretária divulgasse ontem à tarde
o recuo das empresas.
Mesmo com a insistência, o secretário não quis dar declarações
sobre a desistência. Segundo a secretária, ele estava vistoriando o
trânsito.
A Folha tentou ouvir ontem os
diretores das empresas Duarte Alves Marques (Viação Real) e Renê
Gomes de Souza (Capital do Vale), pelo segundo dia consecutivo,
para que eles falassem sobre a
mudança de planos.
Até as 21h de ontem, eles não
haviam telefonado de volta para
comentar o pedido.
Índices
O maior índice foi pedido pela
Viação Real, que queria a passagem a R$ 1,75, um reajuste de
45,8%. A Capital do Vale defendia
a tarifa de R$ 1,58, 31,6% mais.
As empresas alegavam no ofício
enviado a Cury aumento de custos nos últimos dois anos. Em setembro de 1999, a tarifa subiu de
R$ 1,00 para R$ 1,20.
Na época, as concessionárias
queriam entre 40% e 80%, mas
depois concordaram com um mínimo de 30%. Para convencer as
empresas a aceitar o reajuste menor, a prefeitura iniciou uma operação de combate aos perueiros
clandestinos, o que culminou
com ônibus incendiados e motoristas de peruas presos.
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