São José dos Campos, Terça, 17 de novembro de 1998

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Hemofílico infectado com HIV morre aguardando a Justiça

da Reportagem Local

Morreu na sexta-feira, em São Paulo, mais um integrante de um grupo de hemofílicos infectados com o vírus da Aids que move uma ação coletiva contra o Estado. O grupo era formado por 11 pacientes quando deu entrada a uma ação indenizatória, em 1994. Seis deles já morreram. A decisão era aguardada para setembro.
Clayton Floriano da Silva, 35, o último a morrer, estava exercendo a presidência interina do Mobhe, Movimento Brasileiro de Hemofílicos. Mario Lopes Meireles, que ocupava a presidência, está afastado por problemas de saúde.
Floriano tinha um filho de 2 anos e era professor aposentado de informática. Segundo sua mulher, Cristina Delmachio, 20, ele morreu por problemas cardíacos decorrentes da doença de Chagas.
Como Floriano, estima-se que cerca de 90% dos 7.000 hemofílicos do país tenham sofrido alguma contaminação ao receberem transfusões ou hemoderivados. Mais da metade teriam sido infectados e reinfectados pelo HIV. Muitos pacientes também pegaram doença de Chagas e hepatite.
A ação visa responsabilizar o Estado pelas infecções. O juiz do caso solicitou laudos complementares, que foram entregues em julho passado.



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