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ECONOMIA
Empregados da Ford, em Taubaté, não aceitam interrupção temporária dos contratos até novembro de 99
Funcionário rejeita proposta de suspensão
da Folha Vale
Os funcionários afastados da
Ford rejeitaram em plenária realizada ontem a proposta da empresa
de prorrogação da suspensão temporária do contrato até novembro.
O Sindicato dos Metalúrgicos de
Taubaté convocou os 176 empregados incluídos nessa condição
-regularizada em uma medida
provisória do governo- e que deveriam voltar a trabalhar a partir
do início de julho a fazer um ato
em frente da empresa no dia 1º.
O objetivo é forçar a Ford a aceitar os trabalhadores a partir da data, conforme previsão feita à época
do começo do afastamento.
Na semana passada, a empresa
propôs ao sindicato prorrogar a
suspensão até o final de julho
-um mês depois do prazo inicial-, como permitem as novas
regras da medida provisória. Uma
nova negociação seria feita para
definir a continuidade até novembro.
"Na carteira de trabalho está carimbado que a suspensão seria de
quatro meses e o prazo está se esgotando. Vamos fazer um ato de
protesto reivindicando a volta deles", disse José Maria Mori, diretor
do sindicato.
A rejeição da proposta foi definida na noite de ontem. Pelo menos
148 dos funcionários afastados
participaram da plenária realizada
no sindicato.
A entidade deverá entregar na
próxima segunda-feira um comunicado à empresa informando sobre a rejeição da proposta.
"Pretendemos negociar a volta
de todos os afastados em troca do
excesso de horas extras que estão
sendo feitas por alguns empregados", afirmou Mori.
Segundo ele, o lançamento do
novo motor do Ka e Fiesta, previsto para agosto, está sobrecarregando alguns trabalhadores. A intenção é aproveitar o reaquecimento
da produção para chamar os afastados de volta.
"O limite de horas extras definido no acordo de flexibilização do
trabalho é de 40 horas por mês,
mas temos casos de 70 horas."
Atualmente, cerca de 140 pessoas
trabalham nesse setor em um turno. "Poderemos ter outras turmas", afirmou Mori.
Outras ações podem ser programadas pela entidade, mas ainda
estão indefinidas. A intensificação
das atividades e das negociações
ocorrerá a partir do dia 28, após as
eleições da diretoria do sindicato.
A votação dos metalúrgicos está
prevista para acontecer entre os
dias 22 e 24. Ninguém da Ford foi
encontrado para comentar a rejeição da proposta.
Suspensão
Quando a medida provisória da
suspensão temporária de trabalho
por quatro meses foi adotada, 380
empregados foram afastados.
À medida em que havia aumento
na produção da fábrica, os metalúrgicos eram chamados de volta.
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