São José dos Campos, Sexta-feira, 20 de Abril de 2001

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Eulália recusou alimento no cativeiro

ANDRÉ NIETO
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE

A médica Eulália Pedrosa Almeida não dormiu enquanto esteve sequestrada e desmaiou quando chegou na casa do pai, José Ismael Pedrosa, em Taubaté, segundo uma amiga da família ouvida pela Folha, que não quis se identificar.
O desmaio foi provocado, segundo a amiga da médica, porque Eulália não comeu durante todo o período em que permaneceu em poder dos acusados.
Segundo ela, Eulália ficou isolada e passou por dois cativeiros diferentes, que não estavam distantes um do outro, enquanto era vítima de sequestro.
A médica não foi amarrada, encapuzada ou amordaçada e ficou no cativeiro sem contato com outras pessoas, disse a amiga.
Eulália não teria ouvido o que os acusados conversavam porque o grupo colocou uma televisão no cativeiro, que ficava ligada 24 horas por dia.
O contato com os acusados era evitado até mesmo durante os horários de alimentação.
A médica recebia comida por uma passagem que ficava embaixo da porta do quarto onde foi mantida. Segundo a amiga de Eulália, somente hoje pela manhã a médica conversou com os acusados, após bater na porta e exigir a presença de alguém no local.
A principal preocupação de Eulália era, segundo a amiga, voltar para a sua casa.
"Ela quer ir para a casa dela, descansar e esquecer tudo isso, mas a polícia não está permitindo, por segurança", disse.


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