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INFÂNCIA
Infratores estão sendo mantidos em celas no Putim
Freira começa greve de fome contra situação de adolescentes
DA FOLHA VALE
A freira Célia Aparecida de Souza, que integra o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do
Adolescente, iniciou ontem uma
greve de fome para protestar contra a situação dos adolescentes infratores que estão detidos irregularmente na Cadeia Pública de
São José dos Campos, conhecida
como Putim.
No fim da tarde de ontem, um
grupo de 20 menores estava dividindo duas celas da cadeia. Cada
cela, segundo a freira, tem cerca
de 15 mē, sem ventilação nem banheiro. Eles passam nas celas
mais que os cinco dias permitidos
pelo ECA (Estatuto da Criança e
do Adolescente).
As obras das celas da Diju (Delegacia da Infância e Juventude)
deveriam ter sido entregues na
primeira quinzena do mês.
A Fundhas (Fundação Hélio
Augusto de Souza), que construiu
as celas, não comentou o caso.
Segundo a freira, a greve só terminará quando for apontada
uma solução para o caso.
"É uma atitude extrema de solidariedade aos menores. Eles
[adolescentes]" recebem um tratamento mil vezes pior que um presidiário comum", disse.
Segundo ela, as garantias de
cumprimento dos direitos da
criança e do adolescente em São
José são falhas.
"Os adolescentes ficam expostos a um sofrimento prolongado e
desnecessário. Isso é um absurdo", disse.
A freira defende que a manutenção dos menores sob as condições atuais aconteça somente em
raras exceções.
"Em São José, a situação já se
tornou uma regra", disse Célia.
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