São José dos Campos, Quinta, 22 de outubro de 1998

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Embraer acompanha apuração

da Reportagem Local

A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) enviou ontem para Fortaleza uma equipe de três engenheiros que vão acompanhar a investigação do DAC (Departamento de Aviação Civil) sobre as causas da queda do avião Brasília, da empresa BSB Capital Taxi Aéreo, que matou três pessoas.
O último acidente com um Brasília ocorreu em janeiro do ano passado, nos Estados Unidos.
"Estaremos dando todo o apoio à Aeronáutica, que está investigando as causas do acidente. Nossos engenheiros podem colaborar muito nesse processo", disse o diretor dos Assuntos Corporativos da Embraer, Gilberto Galan.
O DAC exige a presença de técnicos da empresa que fabrica os aviões na ocorrência de acidentes.
A assessoria de imprensa do CTA (Centro Técnico Aeroespacial) informou que o DAC ainda não requisitou a ajuda do IFI (Instituto de Coordenação e Fomento Industrial) para investigar o acidente. O órgão é responsável pela homologação de vôo de todos os aviões que são utilizados no Brasil.
O avião que caiu ontem foi fabricado em março de 88 e vendido para a empresa alemã DLT em abril. A aeronave voltou ao Brasil em 1990, quando foi comprado pela empresa de São Paulo.
A Embraer não era responsável pela manutenção do avião, que deve ser feita a cada 125 horas de vôo.
O comandante e instrutor de vôo do Boeing 737-500 da Rio-Sul Wagner Wolfgang Muller, 37, disse que nem sempre as empresas de táxi aéreo respeitam o limite de vôo de 125 horas antes de cada revisão. "Não sei se foi o caso da empresa em questão, mas muitas burlam esse tempo", disse.
Muller trabalhou quatro anos na Embraer como instrutor de vôo do Brasília e o pilotou para a Rio-Sul por cinco anos, somando mais de 5.000 horas em ação.



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