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ECONOMIA
Prefeitura assegura pagamento de reajuste quando inflação atingir 5%, de acordo com o índice do IPC-Fipe
São José garante 'gatilho' para servidores
da Folha Vale
A Prefeitura de São José dos
Campos vai assegurar o reajuste
salarial de 5% para os servidores
públicos quando a inflação acumulada atingir ou ultrapassar o valor. O percentual utilizado é o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas).
O anúncio foi feito pelo prefeito
Emanuel Fernandes (PSDB) com
base nas leis municipais 4.590/94 e
4.725/95, embora outras categorias
estejam encontrando dificuldades
para negociar o repasse.
O Sindicato dos Metalúrgicos de
São José, por exemplo, está promovendo uma campanha a favor
do "gatilho" para a categoria, que
prevê a reposição da inflação toda
vez que ela atingir 5%.
"Nós tínhamos previsto o gatilho
para setembro deste ano. Se o índice for atingido antes, ficaremos
apertados, mas teremos como pagar", disse José Liberato Júnior, secretário da Fazenda de São José.
Segundo ele, a prefeitura gasta
hoje R$ 16,7 milhões por mês com
a folha de pagamento, o que representa 56% da receitas. Desde o último reajuste concedido aos servidores, em junho de 97, o índice
acumulado do IPC é de 2,27%.
"Não posso prever se os 5% serão
atingidos no mês que vem, em junho ou em setembro. Mas, se vier
antes, também teremos uma compensação com as receitas do Imposto de Renda e do ICMS."
Para o Sindicato dos Servidores,
o índice será alcançado no máximo em maio. "Vamos acompanhar de perto se o prefeito vai
cumprir a promessa", disse Reinaldo Leite, diretor do sindicato.
De acordo com a lei, o Executivo
deverá encaminhar um projeto à
Câmara, assim que a inflação medida pela Fipe atingir o índice estipulado, para que os servidores
possam receber o reajuste.
"O prefeito não estará fazendo
favor ao repassar a inflação. Está
na lei. O salário já está sendo corroído", afirma Leite.
O sindicalista criticou o salário
médio do servidor divulgado pela
prefeitura referente ao ano passado, de R$ 1.203. Em 97, o valor era
de R$ 1.124.
"A maioria dos servidores não
ganha isso e também não teve reajuste em 98. Como é que pode ter
aumentado o valor médio?"
O sindicato conclui hoje a consulta que está fazendo entre os servidores sobre a mudança pretendida pela prefeitura com o tíquete-refeição e alimentação, que passaria a ser concedido em dinheiro.
A expectativa é que a mudança
seja rejeitada.
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