|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
POLÍCIA
Estudantes da pré-escola assistiam aula no momento do assassinato em São José dos Campos
Adolescente é morto a 50 m de escola
free-lance para a Folha Vale
O estudante Carlos Eduardo Silvério, 17, foi morto ontem à tarde
em São José a tiros na praça Paraíba, em frente do Núcleo de Educação Infantil da Vila São Pedro.
O crime ocorreu por volta das
15h30, quando os alunos da pré-escola assistiam aula.
De acordo com policiais civis do
2º Distrito Policial, responsáveis
pela investigação do caso, nenhuma testemunha foi encontrada
quando a Polícia Militar chegou
ao local, momentos após o crime.
Eles informaram, no entanto,
que Silvério foi morto no momento em que estaria acontecendo um jogo de futebol na praça.
Na ocasião, funcionários da Empresa Bandeirante de Energia trabalhavam na poda de árvores.
O corpo da vítima foi encontrado sob uma das traves existentes
na quadra e estava a menos de 50
metros da escola. As aulas do período vespertino acontecem das
13h às 16h40.
A polícia não conseguiu localizar ontem os funcionários da Empresa Bandeirante de Energia,
que abandonaram o trabalho na
praça Paraíba momentos após os
disparos. Eles serão intimados pela polícia para prestar depoimentos.
Como não havia no local ninguém que tivesse presenciado o
crime, a polícia vai ter de procurar
testemunhas.
De acordo com uma moradora
da região ouvida pela Folha, que
não quis se identificar para não
sofrer represálias, as crianças que
estudam no Núcleo de Educação
Infantil no período diurno costumam jogar bola e brincar na praça
durante a tarde.
"Ouvi dizer que estava cheio de
crianças lá na hora que mataram
o rapaz, mas não fui ver. Sempre
tem criançada naquela praça",
afirmou a moradora.
Defesa
A polícia ainda não sabe se o estudante Carlos Eduardo Silvério
levou dois tiros ou apenas um.
O adolescente tinha ferimentos
na mão e na cabeça. Segundo a
polícia, Silvério pode ter usado a
mão para se proteger e, neste caso, uma única bala teria provocado os dois ferimentos. Esse detalhe será esclarecido pelo laudo pericial da Polícia Técnica.
Silvério não tinha antecedentes
criminais. Segundo declarações
de seu pai, que não teve o nome
divulgado pela polícia, ele era um
garoto tranquilo e não tinha inimizades.
Um amigo do adolescente, no
entanto, revelou em depoimento,
sob a condição de não se identificar, que Silvério estaria usando
entorpecentes e que estava envolvido com "más companhias". O
crime, portanto, teria sido motivado por dívidas de drogas, de
acordo com conclusão policial.
Essa versão foi reforçada no final da tarde de ontem, quando
uma denúncia anônima feita ao
2º DP levou os policiais aos nomes de dois homens que podem
ter cometido o assassinato. Eles
têm antecedentes criminais relacionados ao tráfico e porte de entorpecentes.
A polícia não divulgou os nomes dos suspeitos para não atrapalhar as investigações, mas iria
começar a procurá-los ainda ontem.
Violência
O último caso de homicídio
dentro de uma escola registrado
na cidade aconteceu em 23 de junho deste ano, quando o estudante Marcelo Henrique Galvão, 16,
foi morto a tiros na quadra de esportes da escola municipal Therezinha do Menino Jesus Soares
Nascimento, localizada no Parque Dom Pedro 1º. O local é aberto à comunidade.
Texto Anterior: Obra: Prefeitura instala galerias em avenida Próximo Texto: Polícia apreende 4.000 sapatos Índice
|