São José dos Campos, Sexta-feira, 27 de Julho de 2001

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Após levante, militares se fixam na região

DA FOLHA VALE

A Revolução Constitucionalista de 32 é um dos principais fatos que marcam a presença militar em São José dos Campos e em outras cidades do Vale do Paraíba.
Enquanto outras cidades, no entanto, abrigam unidades ligadas ao Comando do Exército, como o Cavex (Comando de Aviação do Exército), em Taubaté, e os batalhões de infantaria leve do Exército em Lorena e Caçapava, São José foi o local escolhido pela Aeronáutica.
Em 1944, cem homens de São José foram deslocados pela FEB (Força Expedicionária Brasileira) para lutar na Segunda Guerra.
Em 1950, a criação do CTA (Centro Técnico Aeroespacial) consolidou a presença dos brigadeiros no município, que seria intensificada com a instalação do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e a fundação da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica).
A forte presença militar na região fez com que o município fosse um dos quatro do Estado a ter prefeitos nomeados durante o regime militar (1964-85), já que a área era considerada de segurança nacional.
Além de São José dos Campos, também tiveram prefeitos nomeados -e, portanto, não tinham eleições para prefeito- na época a capital do Estado e as cidades de Campinas, Santos e São Sebastião, as duas últimas por terem portos.
A presença militar também impulsionou a criação de uma forte indústria bélica, que incluiu empresas como a Embraer, a Avibras, a Engesa e a Mectron.
O setor, que já empregou 20 mil pessoas no final da década de 80 na região, no entanto, hoje emprega cerca de 9.000 trabalhadores.


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