São José dos Campos, Sexta-feira, 27 de Julho de 2001 |
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SÃO JOSÉ, 234 ANOS Após criação de lei para atrair setor industrial, cidade recebe investimentos e correntes migratórias Primeiras indústrias atraem migrantes
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE A primeira iniciativa do poder público de São José dos Campos visando à industrialização da cidade ocorreu em 1920, ano em que a Câmara Municipal aprovou uma lei que concedia isenção de impostos durante 25 anos e permitia a cessão de terrenos para as indústrias que se instalassem no município com um capital mínimo de 50 contos de réis e empregassem mais de cem operários. A vinda das primeiras indústrias deu início às primeiras correntes migratórias para a cidade, principalmente de trabalhadores vindos do sul de Minas Gerais. O primeiro a se beneficiar da lei de atração de indústrias foi o italiano Eugênio Bonádio, que recebeu uma área de 10 mil mē, na avenida Nélson D'Ávila, onde construiu a fábrica de louças Santo Eugênio, a primeira indústria do município. A Santo Eugênio foi fundada em 1921 por Bonádio, Tito Lorenzoni, Conrado Bonádio e Antônio Cará, que formavam a firma Bonádio, Lorenzoni & Cia. A fábrica funcionou até 1936, quando foi reformulada e reiniciou suas atividades como Cerâmica Conrado Bonádio. No início da década de 40, os irmãos Roberto e Mário Weiss criaram a fábrica de louças Irmãos Weiss, concorrente da Cerâmica Conrado Bonádio. A sede da empresa tinha uma área de 3.300 mē; a filial, 750 mē. A fábrica chegou a produzir 8.000 objetos de decoração, 20 mil objetos domésticos e 15 mil peças decorativas por mês. Na época, São José já tinha 222 estabelecimentos comerciais, 45 indústrias, 1.467 propriedades agropecuárias em atividade, duas agências bancárias -o Banco Comercial do Estado de São Paulo e a Caixa Econômica Federal-, 234 veículos, dez avenidas, 33 ruas, 20 km de rede de esgoto e 1.600 ligações de água. Após o ciclo de indústrias cerâmicas, São José passou a receber indústrias de grande porte, como a Rhodosá de Raion, atual Rhodia, em 1946, primeira multinacional a se instalar na cidade. A empresa de produção de fibras têxteis influenciou todo o quadro socioeconômico do município e, durante a década de 40, foi um grande pólo de geração de empregos para a cidade. Ainda na década de 40, outros dois empreendimentos contribuíram para o desenvolvimento comercial de São José. Em 1942, foi instalada próxima à igreja matriz de São José, na região central da cidade, a primeira agência do Banco do Brasil na cidade. Em 1943, no bairro de Santana do Paraíba, região norte do município, foi fundada a Cooperativa de Laticínios de São José dos Campos. Texto Anterior: Maior ícone cultural, Cassiano Ricardo fica sem memorial Próximo Texto: Migração cria "reduto mineiro" Índice |
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