São José dos Campos, Sexta, 27 de agosto de 1999

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PROTESTO
Cerca de 5.000 folhetos devem ser distribuídos na Dutra
Caminhoneiro inicia panfletagem no Vale

da Folha Vale

Os caminhoneiros do transporte de areia do Vale do Paraíba iniciaram ontem panfletagem para divulgar a paralisação nacional, que começará a partir de domingo em várias regiões do país.
Pelo menos 5.000 folhetos, com as 13 reivindicações da Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros), deverão ser distribuídos na via Dutra, apenas no trecho entre Taubaté e São Paulo. Para o movimento, foram confeccionados cerca de 100 mil panfletos.
A paralisação no Vale está prevista para acontecer a partir das 5h de segunda-feira na balança da via Dutra, em Guararema. A medida foi tomada em assembléia realizada anteontem, com a participação de 130 motoristas.
"Deixamos parte do material em pontos estratégicos frequentados por caminhoneiros ao longo da rodovia, como postos de combustível, oficinas mecânicas e transportadoras. O resto seria distribuído de mão em mão", afirmou o vice-presidente da Unicam, Tarcizio Valadão.
De acordo com ele, a comunicação via rádio também já foi iniciada. "Por esse serviço, estamos comentando sobre a assembléia (que definiu a paralisação) e as nossas exigências."
No Vale, cerca de 2.000 areeiros devem participar do movimento organizado pela Unicam, à qual parte da categoria é filiada.
Ao contrário do protesto de julho, quando bloquearam a via Dutra por três dias na região, a orientação é que os caminhoneiros fiquem em casa ou nos postos.
As principais exigências dos caminhoneiros são: redução do valor dos pedágios federais e estaduais e suspensão da instalação de novos postos; suspensão do aumento do diesel; reajuste nos fretes de 65,15%; e isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para renovação da frota.
Os caminhoneiros também querem anistia das multas da "Operação Inverno" e revisão dos valores em São Paulo, além de reivindicarem a alteração dos critérios de pontuação para infrações do Código de Trânsito Brasileiro cometidas por motivos considerados "inevitáveis", como estouro de pneus e queima de lâmpadas.
Os grevistas não vão envolver no protesto ônibus com passageiros, carros e veículos com carga viva. Quem tentar furar a greve poderá sofrer retaliações.

Memória
A paralisação feita no final de julho acabou após uma intervenção de cerca de cem homens da Tropa de Choque da Polícia Militar e patrulheiros rodoviários.



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