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PROTESTO
Cerca de 5.000 folhetos devem ser distribuídos na Dutra
Caminhoneiro inicia panfletagem no Vale
da Folha Vale
Os caminhoneiros do transporte de areia do Vale do Paraíba iniciaram ontem panfletagem para
divulgar a paralisação nacional,
que começará a partir de domingo em várias regiões do país.
Pelo menos 5.000 folhetos, com
as 13 reivindicações da Unicam
(União Nacional dos Caminhoneiros), deverão ser distribuídos
na via Dutra, apenas no trecho
entre Taubaté e São Paulo. Para o
movimento, foram confeccionados cerca de 100 mil panfletos.
A paralisação no Vale está prevista para acontecer a partir das
5h de segunda-feira na balança da
via Dutra, em Guararema. A medida foi tomada em assembléia
realizada anteontem, com a participação de 130 motoristas.
"Deixamos parte do material
em pontos estratégicos frequentados por caminhoneiros ao longo da rodovia, como postos de
combustível, oficinas mecânicas e
transportadoras. O resto seria distribuído de mão em mão", afirmou o vice-presidente da Unicam, Tarcizio Valadão.
De acordo com ele, a comunicação via rádio também já foi iniciada. "Por esse serviço, estamos comentando sobre a assembléia
(que definiu a paralisação) e as
nossas exigências."
No Vale, cerca de 2.000 areeiros
devem participar do movimento
organizado pela Unicam, à qual
parte da categoria é filiada.
Ao contrário do protesto de julho, quando bloquearam a via
Dutra por três dias na região, a
orientação é que os caminhoneiros fiquem em casa ou nos postos.
As principais exigências dos caminhoneiros são: redução do valor dos pedágios federais e estaduais e suspensão da instalação
de novos postos; suspensão do
aumento do diesel; reajuste nos
fretes de 65,15%; e isenção de
ICMS (Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços) e IPI
(Imposto sobre Produtos Industrializados) para renovação da
frota.
Os caminhoneiros também
querem anistia das multas da
"Operação Inverno" e revisão dos
valores em São Paulo, além de reivindicarem a alteração dos critérios de pontuação para infrações
do Código de Trânsito Brasileiro
cometidas por motivos considerados "inevitáveis", como estouro
de pneus e queima de lâmpadas.
Os grevistas não vão envolver
no protesto ônibus com passageiros, carros e veículos com carga
viva. Quem tentar furar a greve
poderá sofrer retaliações.
Memória
A paralisação feita no final de
julho acabou após uma intervenção de cerca de cem homens da
Tropa de Choque da Polícia Militar e patrulheiros rodoviários.
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