free-lance para a Folha Vale

Os 2.000 funcionários da Philips de São José dos Campos, entre diretos e indiretos, retomaram as atividades ontem, às 16h, após 40 horas de paralisação total.
Os trabalhadores decidiram, em assembléia, reavaliar e aceitar a proposta de ampliação de prazo de garantia de emprego apresentada pela empresa na tarde de anteontem. A greve teve 100% de adesão na unidade.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a Philips deixou de produzir pelo menos 20 mil tubos de imagens para televisores durante a paralisação.
A principal reivindicação feita pelos grevistas diz respeito à garantia de estabilidade no emprego. Eles pediam estabilidade por um ano para todos os funcionários. Anteontem a empresa ampliou a proposta de garantia de cinco para oito meses, mas os trabalhadores rejeitaram.
Após a decisão de continuar a greve, a Philips suspendeu as negociações e enviou, no mesmo dia, pedido de julgamento do movimento ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho).
De acordo com o diretor do sindicato Ivan Trevisan, os trabalhadores decidiram reavaliar a proposta feita pela empresa na última negociação. "Depois de refletir sobre os principais itens da reunião, os funcionários procuraram a diretoria da Philips pedindo a manutenção da proposta", disse. Segundo ele, o sindicato considerou aceitável a garantia de emprego e salário até 30 de abril do próximo ano.
"Anteontem o sindicato foi surpreendido pela decisão de continuar a greve. Agora estamos mais aliviados", comentou.
A diretoria da empresa aceitou se reunir com representantes dos funcionários na tarde de ontem e acatou o pedido de manutenção da proposta.
A Philips informou, por meio da assessoria de imprensa, que os trabalhadores dos dois turnos que permaneceram parados por mais de oito horas terão descontadas dos salários, em duas vezes, as horas excedentes. A empresa não divulgou os prejuízos da greve.



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