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SISTEMA PRISIONAL 2
Para um deles, companheiros de banho de sol eram amigos de Sombra; grupo diz que vai divulgar dossiê na 2ª
Advogados do PCC contestam versão
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE
Um dos advogados de líderes
do PCC, Anselmo Neves Maia,
disse ontem ter ficado surpreso
com a versão da polícia e da direção da Casa de Custódia de Taubaté de que Idemir Carlos Ambrósio, o Sombra, foi morto pelos
companheiros de banho de sol.
"Não faz sentido essa versão,
porque os outros presos eram
amigos e nunca haviam sido rivais dele [Sombra]", disse.
Maia afirmou que irá a Taubaté
na próxima segunda para falar
com cada um dos detentos apontados pela Secretaria de Estado da
Administração Penitenciária como supostos autores do crime.
Outro advogado do PCC, Jerônimo Ruiz Andrade do Amaral,
que esteve ontem na Custódia, fez
outra análise. Segundo ele, Sombra teria sido morto pelo detento
Luciano Fernandes da Silva.
"Foi apenas o Luciano que matou o Sombra. Deve ter sido uma
desavença pessoal dentro do presídio", disse o advogado, que tentou conversar com os agentes penitenciários que estavam no Anexo, mas não conseguiu.
Maia afirmou que o PCC vai divulgar na segunda-feira um dossiê sobre o sistema prisional do
Estado, que será enviado ao ministro da Justiça, José Gregori.
"As informações sobre o que
ocorre dentro das penitenciárias
só chegam ao ministro por meio
da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária. Não chega informação por meio dos presos", disse Amaral.
Segundo ele, a organização criminosa não está em crise e não vai
acabar com a morte do Sombra.
"O PCC é uma semente que foi
plantada no asfalto e regada a sangue. O PCC não acaba".
A mulher de Sombra, que se
identifica apenas como Deise, esteve ontem na Casa de Custódia
de Taubaté, mas não quis falar
com a reportagem da Folha sobre
a morte do marido.
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