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Sem dinheiro, PCC ameaça líderes
DA REPORTAGEM LOCAL
Diálogos de integrantes do grupo interceptados nas últimas semanas pelas autoridades paulistas
indicam que a facção apresenta
dificuldade para acessar o dinheiro dos assaltos realizados por seus
membros soltos e para fazer os
que estão presos depositarem a
mensalidade de R$ 25.
Em um diálogo, um dos líderes
do PCC, nervoso, indica os presos
que não fizeram depósitos obrigatórios numa conta corrente de
uma agência no Rio de Janeiro e
cobra ação nas ruas de dois comparsas, conhecidos como Lobão e
Sebinho -que teriam se envolvido, em abril, no sequestro da médica Eulália Pedrosa Almeida, 44,
filha do diretor da Casa de Custódia de Taubaté, Ismael Pedrosa.
Para o promotor Roberto Porto,
do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que investiga as ramificações do grupo, a falta de dinheiro e de obediência das bases é
o ciclo do crime organizado.
"As bases se revoltam contra os
desmandos dos líderes e se voltam contra eles. É uma crise organizacional já observada no Comando Vermelho", diz Porto.
A maior parte dos presos não
estaria dando dinheiro ao grupo
por estar insatisfeita com a gestão
de Sombra, marcada por extorsões e violência. Para reassumir o
controle da tropa, os outros líderes teriam ordenado sua morte.
No último mês, presos da Casa
de Detenção, no Carandiru, voltaram a ser sequestrados. A Folha
não conseguiu falar com o diretor
do pavilhão 8 da Casa de Detenção.
(SC e AS)
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