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MOTIM
Presas invadiram berçário e pegaram 13 bebês, de 1 a 6 meses
Detentas do Carandiru fazem reféns durante rebelião em SP
MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local
As 417 presas da penitenciária feminina da Capital, no Carandiru
(zona norte de SP), se rebelaram
durante nove horas ontem. As detentas dominaram três agentes penitenciários usando pedaços de
madeira, barras de ferro e cacos de
vidro e foram até a ala da saúde,
onde pegaram 13 bebês, de 1 a 6
meses, que estavam sendo amamentados por outras presas.
O motim começou às 10h, quando as presas aguardavam do lado
de fora das celas a abertura das oficinas de trabalho. Segundo o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São
Paulo, os agentes da penitenciária
já sabiam do risco de rebelião desde anteontem.
Por volta das 19h, policiais informaram que todos os reféns já haviam sido libertados, após uma
frustrada tentativa de fuga de parte
das presas. O motim começou
quando o agente penitenciário Osmar Taicini, ao saber de uma possível rebelião, foi até a penitenciária ajudar seus colegas.
Apesar da presença do juiz-corregedor Otávio Augusto Barros Filho na cadeia desde as 13h para negociar com as presas, nenhuma informação oficial foi divulgada até
as 19h20. Segundo funcionários da
penitenciária, o motivo da rebelião
foi a transferência anteontem da
presa Claudira Clemente. Ela seria
uma das líderes das presas.
As presas foram até a administração, onde quebraram vários objetos do escritório, e atearam fogo
aos colchões das celas.
Até as 19h20, não havia confirmação de feridos.
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