|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
POLÍTICA
Além de saúde e educação, prefeito cita a pavimentação de bairros da periferia como investimento social
"Social" é prioridade em ano de eleição
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
da Folha Vale
O prefeito de São José dos Campos, Emanuel Fernandes (PSDB),
envia amanhã à Câmara o projeto
do Orçamento do próximo ano
com a previsão de receita de R$
440,8 milhões, 14% mais que no
ano passado, ganho que o prefeito
disse pretender reverter à área social, mote do discurso oficial para
o ano das eleições.
A Secretaria Municipal da Fazenda projetou crescimento de
4% na economia, inflação de 6% e
aumento de 5,32% na arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), item que representa 48,6%
da receita.
Emanuel conta ainda com outras fontes de recursos, como R$ 3
milhões de financiamento internacional para programas de desfavelização e pelo menos R$ 6 milhões com a venda de imóveis.
A educação, com R$ 117,8 milhões, e a saúde, com R$ 100,4 milhões, ficam com a maior parcela
das despesas.
Os gastos com obras que envolvem todas as secretarias devem ficar entre R$ 20 milhões e R$ 25
milhões, valores que ainda não foram definidos.
O total investido em obras chegou a R$ 19,7 milhões em 98. Neste ano, foram aplicados R$ 14 milhões até agosto.
Ao expor os números preliminares, ontem à tarde, o prefeito
afirmou que vai priorizar investimentos na área social.
Emanuel citou como exemplo
de investimentos sociais, além de
saúde e educação, a pavimentação de bairros da periferia.
O prefeito tucano quer urbanizar a zona sul, ampliar o programa de desfavelização, concluir a
quinta etapa do anel viário e o
corredor viário da zona leste.
O prefeito também afirmou que
vai destinar verbas para a reforma
de escolas e a construção de creches -a prefeitura foi obrigada
pela Justiça a criar pelo menos
2.800 vagas para as crianças.
Outras prioridades são a contratação de servidores -hoje são
cerca de 8.000 em toda a prefeitura- para a Secretaria da Saúde e
a Guarda Municipal.
Esses dois setores, segundo o
prefeito, vêm apresentando um
número elevado de horas extras,
o que estaria onerando a folha.
Um setor que deve perder dinheiro é a Fundação Cultural, que
ficou com R$ 4,4 milhões, ou seja,
R$ 100 mil a menos que o previsto
para este ano.
Política
Pouco antes de falar à imprensa,
o prefeito havia reunido a bancada governista na Câmara, segundo ele próprio, para "dar os ajustes finais" ao projeto.
A influência da bancada governista se dá, de acordo com o líder
do prefeito na Câmara, Walter
Hayashi (PSB), pelo fato de os vereadores estarem em contato direto com a população.
"A oposição sempre tenta colocar que nosso governo não é social. Decidi mostrar que estamos
conduzindo um processo de inclusão social", afirmou Walter
Hayashi.
Como exemplo, Emanuel citou
que, em bairros da zona sul, ""as
crianças andam com o calçado na
mão e querem asfalto", para frisar
a necessidade de investimentos
na pavimentação.
Um dos motes das diretrizes do
Orçamento é o PSI-Sul (Programa Social de Inclusão da Região
Sul), onde moram 200 mil pessoas, cerca de 40% da população
de São José dos Campos.
O programa prevê obras de asfalto e galerias nos bairros D. Pedro 1º, D. Pedro 2º e Campo dos
Alemães, a um custo estimado de
R$ 5 milhões.
Até o final do próximo ano, de
acordo com Emanuel, a prefeitura vai tirar 800 famílias de favelas.
Texto Anterior: Vítimas vêm situação igual à de S. Paulo Próximo Texto: Folha cresce 60% desde 1997 Índice
|