DA FOLHA VALE

Um costume político arraigado em todo o país e reproduzido com fidelidade em São José dos Campos foi o esvaziamento das sessões legislativas durante a campanha eleitoral.
As sessões passaram a ser rápidas, com poucos projetos, demonstrando maior interesse dos vereadores em se reeleger do que pelos assuntos que afetem diretamente o município.
Segundo levantamento feito pela Folha na Câmara, a redução no número de projetos foi de cerca de 20%.
Nas quatro sessões de junho, a média de projetos apresentados para serem votados foi de 12.
Foram votados uma média de 10,25 em junho e nove, em agosto, segundo a Câmara.
A duração das sessões também caiu no período eleitoral.
A média de duas horas para as sessões de São José caiu para até 15 minutos.
Para Flávia Camargo (PHS), ficou nítida a pressa na condução dos trabalhos.
"Tem sessão que não ultrapassa os 15 minutos. O presidente da Câmara tem encerrado as sessões com rapidez", disse.
O presidente da Câmara, Jorley do Amaral (PFL), afirmou que a produtividade de uma sessão "não pode ser medida pelo seu tempo de duração".
"Na época de eleição, o raciocínio é diferenciado, não há tanto tempo para ficar discutindo."


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