Peugeot 308 leva a melhor em seu teste de estreia

A história da Citroën é repleta de modelos inovadores. O C4 honra a tradição e traz soluções como o volante de cubo fixo, no qual somente o aro gira -o miolo permanece parado. Isso beneficia a segurança, pois é possível instalar um airbag maior e mais eficiente para o motorista.

Os mostradores digitais espalhados pelo painel eram futuristas há cinco anos, mas começam a parecer datados. Perto do 308, o C4 envelheceu.

Equipados com o mesmo conjunto mecânico (motor 2.0 "flex" de 151 cv e câmbio automático de quatro marchas), Peugeot e Citroën andaram no mesmo ritmo -e "beberam" bastante.

Apesar de ter 19 cv a menos, o Bravo não ficou para trás. O câmbio automatizado não é um primor de suavidade, mas possui cinco marchas e o modo Sport, que aproveita melhor a faixa de torque do motor 1.8. O Fiat apresentou consumo comedido.

BELEZA INTERIOR

Por dentro, o Fiat fica na coluna do meio. Não é tão requintado quanto o Peugeot, mas os materiais da cabine têm melhor aparência do que os usados no C4.

A direção elétrica torna o Fiat um carro agradável na cidade. Contudo, é preciso se acostumar com a caixa Dualogic, que pede leveza no pé direito. Acelerações bruscas são revidadas com trancos nas passagens de marcha.

Na estrada, Peugeot e Citroën têm comportamento mais aguerrido. O acerto firme da suspensão os coloca em um patamar acima do Bravo.

No fim das contas, o 308 vence. A boa dirigibilidade, a fartura da versão Feline (luzes diurnas com LEDs, GPS, teto panorâmico de vidro, seis airbags, rodas aro 17, entre outros itens) e o sabor de novidade fizeram a diferença. O preço é alto: R$ 70.990.

O Bravo vem em segundo. A versão Absolute Dualogic custa menos (R$ 66.830), mas, para chegar ao nível do 308 Feline, é preciso agregar pacotes de opcionais que elevam o preço a R$ 81,3 mil.

O C4 Exclusive (R$ 67.590) é menos equipado e fica em terceiro por não estar em dia com o modelo europeu. Em tempos de novidades sucessivas, é preciso se manter atualizado.