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Importados tentam compensar preço mais alto com potência extra

Audi, BMW e Mercedes atualizam seus modelos de luxo e aproveitam para repassar os aumentos recentes de tributos e do dólar

FELIPE NÓBREGA
DE SÃO PAULO

Desde o final do ano passado, por conta do aumento do IPI para importados e da alta do dólar, os automóveis trazidos do exterior vêm sofrendo reajustes. Os repasses logo se refletiram nas vendas, que caíram 35%, segundo dados da Abeiva (associação dos importadores).

Marcas de luxo agora apostam na renovação de suas linhas e no aumento expressivo da potência de seus carros para tentar otimizar a relação custo/benefício.

A estratégia parece ter mais relevância entre os modelos premium de entrada, que competem de certa forma com os nacionais topo de linha tabelados na faixa de R$ 80 mil.

Há seis meses, o consumidor interessado em trocar um Toyota Corolla Altis (153 cv) por um BMW 320 (156 cv), por exemplo, precisava desembolsar R$ 26 mil.

Hoje, essa diferença passou para cerca de R$ 45 mil.

Em contrapartida, o sedã médio alemão, além de uma carroceria totalmente redesenhada, oferece 18% a mais de força no motor (R$ 184 cv).

"Assim, a relação preço/potência do modelo continua em torno de R$ 700 por cavalo", compara Renato Fabrini, gerente de vendas da BMW.

A Audi também anunciou novidades em sua linha. O compacto A1 (R$ 81,9 mil), oferecido atualmente com propulsor de 122 cv, ganhará nas próximas semanas uma versão quatro portas com 185 cv.

ACIMA DOS R$ 300 mil

A queda nas vendas e a perda de receita estão levando as importadoras a darem atenção extra a modelos mais caros.

"Eles trazem mais lucratividade e agregam imagem para a marca", explica Dirlei Dias, executivo da Mercedes.

A empresa começa a vender, a partir da próxima semana, quatro novos produtos, todos acima de R$ 300 mil, como a terceira geração do jipão ML e a edição limitada do cupê C 63 AMG Black Series, que promete acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 4,2s.

Das 12 unidades do esportivo que chegarão ao Brasil, 11 já têm comprador. O preço? Exatos US$ 337,8 mil, ou cerca de R$ 700 mil na cotação da última sexta-feira.

Já os carros estrangeiros com tabela em real tendem a subir ainda mais, caso a moeda norte-americana continue no patamar superior a R$ 2, acredita Leandro Radomile, novo presidente da Audi.

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