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Marcas conectam os carros aos novos sonhos de consumo

Sistemas multimídia a bordo dos automóveis evoluem para 'conversar' com os gadgets do público jovem

"Eles se acostumaram a eletrônicos de alta qualidade e esperam o mesmo dos carros", diz o VP da Ford Brasil

DE SÃO PAULO

A Fiat transformou jovens em pesquisadores. Em uma pesquisa de mercado, a função deles era colher opiniões de seus pares em papos informais, de preferência em bares e clubes. As conversas começavam com assuntos genéricos e eram sutilmente direcionadas para o mundo automotivo. Os resultados deram origem a produtos como o "social drive", integrado ao sistema de som do Punto 2013.

Trata-se de um software que "lê" para o motorista as atualizações de suas redes sociais. O dono do carro precisa ter um smartphone conectado à internet, que será ligado ao sistema de som do veículo via bluetooth. Com isso, é possível ouvir as postagens de amigos do Facebook, por exemplo. O acesso pode ser feito por comandos de voz.

CAMINHO NATURAL

Tecnologias como essa desenham uma nova realidade: se os carros já foram protagonistas dos desejos de consumo dos jovens, hoje são os gadgets que ocupam essa posição. O caminho natural, portanto, é que um se misture ao outro.

"O principal motivo que me levou a optar pelo carro foi a facilidade de personalizar o sistema de som e de atender ligações telefônicas com segurança", conta o engenheiro Alexandre Abib Valentim, 24, que comprou um Chevrolet Sonic com conexão USB, bluetooth e comandos no volante.

A Ford oferece o sistema Sync, que permite elaborar e enviar mensagens de texto por comandos de voz.

"Esse público vê a evolução tecnológica de forma natural, é absolutamente conectado. Acostumou-se a produtos eletrônicos de alta qualidade, com baixo nível de falhas, e espera o mesmo dos carros", diz Rogélio Golfarb, vice-presidente da Ford Brasil.

As questões ambientais também começam a pesar na decisão de compra dos jovens. Na Europa, os níveis de emissões dos carros são amplamente divulgados e influenciam as escolhas desses consumidores. Os fabricantes esperam que essa tendência ganhe força no Brasil.

"Apesar das diferenças entre as culturas, essa geração não é tão diferente globalmente. Se, por um lado é um desafio satisfazê-los, as semelhanças funcionam como facilitadores. Ao falar para um jovem em Londres, Pequim ou São Paulo, percebemos que há muita proximidade entre eles", afirma Golfarb. (ES E RR)

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