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Bluetooth. Essa palavra ainda é desconhecida, mas promete ter um futuro brilhante. Já pensou poder usar o sistema viva-voz sem a necessidade de conectar fios? A tecnologia Bluetooth permite -isso sem falar na "ligação" com laptops. No Brasil, há poucos aparelhos, e os que existem estão entre os mais caros.
"É uma tecnologia aberta, o que permite usar o sistema no carro e o celular de marcas diferentes", explica Rúdnei Kalil, diretor de vendas da Nokia. Além da marca finlandesa, usam a Bluetooth Motorola, Siemens e Sony Ericsson.
Em geral, o kit viva-voz é semelhante para todos os fabricantes. Primeiro, é preciso uma instalação elétrica -"mais simples que a de rádio", segundo Kalil. Assim, quando o motorista ligar o carro, o viva-voz detecta o aparelho, que pode estar dentro de uma pasta ou no porta-malas, por exemplo. A média de distância é 10 m.
Os kits também podem estar conectados ao rádio. Se o motorista recebe uma chamada, o volume do som diminui automaticamente. Também é possível controlar as ligações por comando de voz, como acontece com o HCB-30, da Sony Ericsson.
A tecnologia ainda é cara. O preço do equipamento da Motorola é R$ 1.200. A Sony Ericsson oferece o HCB-30 por R$ 1.052, valor que sobe para R$ 1.261 com o Advanced Music Mute. O sistema da Nokia fica na casa dos R$ 500 -até março, haverá outros dois sistemas veiculares. A Siemens faz um fone de ouvido que custa R$ 724.
São compatíveis com a Bluetooth os seguintes celulares: Nokia 3650, 8910i e N-Gage, Siemens S55 e Sony Ericsson T68i, T610 e P800. A Motorola aproveita o patrocínio à São Paulo Fashion Week para fazer o pré-lançamento, no Brasil, do V300.
Lembre-se: quem não é fã de carteirinha de uma determinada marca e está mais preocupado com o bolso pode escolher o viva-voz mais barato e usar junto com o celular mais em conta.

Lei
Mas é bom ficar atento. Segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), não é permitido usar viva-voz nem fone monoauricular ao volante. Se flagrado, o motorista pode ser multado. No entanto esse cenário pode mudar em breve.
A Câmara Temática de Assuntos Veiculares, do Denatran, está estudando se os dois equipamentos realmente tiram a atenção. Um resultado preliminar do coordenador da câmara vai na direção mais otimista para quem não dispensa o telefone enquanto coordena volante, pedais e câmbio.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


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