São Paulo, domingo, 02 de setembro de 2007

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Jovens com menos de 30 blindam mais

Mais velhos não se sentem tão suscetíveis a ondas de violência; Corolla perde posto de mais protegido

DA REPORTAGEM LOCAL

A Abrablin (associação de blindadores) acaba de divulgar seu balanço de 2006. A análise dos números mostra que, além do aumento de 13% no número de carros protegidos em comparação com 2005, os jovens têm buscado mais a proteção.
Segundo a Abrablin, quem tem entre 25 e 29 anos é mais influenciado por ondas de violência. Há até a "balada blindada", um movimento em que pais alugam carros especiais para os filhos saírem à noite.
"Havia um nicho de mercado que ainda não era atendido", diz Maria Cristina Soubihe, diretora da Maxiauto. Lá, o aluguel de um Chevrolet Omega blindado sai por R$ 800 com motorista por quatro horas.
"Meu pai mandou blindar meu carro quanto eu ainda tinha 19 anos. Passados dez anos, fiquei "viciado" na proteção", conta o advogado Marcos Vinícius de Oliveira. Quando sai à noite, tenta convencer os amigos a irem no seu Honda Civic.
No primeiro semestre do ano passado, a faixa etária entre 25 e 29 anos chegou a ser maioria (23%); a faixa de 30 a 39 anos representou 18%. "Com os ataques do PCC em maio de 2006, as blindagens bateram recorde, principalmente entre os mais jovens", explica Christian Conde, presidente da Abrablin.
Segundo ele, os usuários com mais de 40 anos não se deixam influenciar tanto por ondas de violência. No acumulado do ano passado, os homens atingiram 66% de quem blindou um carro -entre 40 e 49 anos, eles ainda foram maioria: 28%.
"É preciso separar quem é o comprador e o usuário de blindado. O pai de família, em geral, ainda é o comprador do carro do filho e da mulher", contabiliza Jairo Cândido, coordenador do comitê de defesa da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Corolla cai
Em 2006, o Toyota Corolla foi o carro mais blindado, mas a Abrablin diz que ele perdeu a liderança em 2007, ainda que não apresente números. Segundo Cândido, isso se deve aos lançamentos de modelos com apelo jovem, como o Volkswagen Jetta, além do Civic.
Para Ricardo Mendonça de Barros, diretor da Auto Life, o aumento do crédito e a queda do dólar foram decisivos. "A venda e a blindagem de importados cresceu muito." (FS)


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