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Jovens com menos de 30 blindam mais
Mais velhos não se sentem tão suscetíveis a ondas de violência; Corolla perde posto de mais protegido
DA REPORTAGEM LOCAL
A Abrablin (associação de
blindadores) acaba de divulgar
seu balanço de 2006. A análise
dos números mostra que, além
do aumento de 13% no número
de carros protegidos em comparação com 2005, os jovens
têm buscado mais a proteção.
Segundo a Abrablin, quem
tem entre 25 e 29 anos é mais
influenciado por ondas de violência. Há até a "balada blindada", um movimento em que
pais alugam carros especiais
para os filhos saírem à noite.
"Havia um nicho de mercado
que ainda não era atendido",
diz Maria Cristina Soubihe, diretora da Maxiauto. Lá, o aluguel de um Chevrolet Omega
blindado sai por R$ 800 com
motorista por quatro horas.
"Meu pai mandou blindar
meu carro quanto eu ainda tinha 19 anos. Passados dez anos,
fiquei "viciado" na proteção",
conta o advogado Marcos Vinícius de Oliveira. Quando sai à
noite, tenta convencer os amigos a irem no seu Honda Civic.
No primeiro semestre do ano
passado, a faixa etária entre 25
e 29 anos chegou a ser maioria
(23%); a faixa de 30 a 39 anos
representou 18%. "Com os ataques do PCC em maio de 2006,
as blindagens bateram recorde,
principalmente entre os mais
jovens", explica Christian Conde, presidente da Abrablin.
Segundo ele, os usuários com
mais de 40 anos não se deixam
influenciar tanto por ondas de
violência. No acumulado do
ano passado, os homens atingiram 66% de quem blindou um
carro -entre 40 e 49 anos, eles
ainda foram maioria: 28%.
"É preciso separar quem é o
comprador e o usuário de blindado. O pai de família, em geral,
ainda é o comprador do carro
do filho e da mulher", contabiliza Jairo Cândido, coordenador
do comitê de defesa da Fiesp
(Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo).
Corolla cai
Em 2006, o Toyota Corolla
foi o carro mais blindado, mas a
Abrablin diz que ele perdeu a liderança em 2007, ainda que
não apresente números. Segundo Cândido, isso se deve aos
lançamentos de modelos com
apelo jovem, como o Volkswagen Jetta, além do Civic.
Para Ricardo Mendonça de
Barros, diretor da Auto Life, o
aumento do crédito e a queda
do dólar foram decisivos. "A
venda e a blindagem de importados cresceu muito."
(FS)
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