São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2004

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SEDÃ

Nova geração do Audi incorpora equipamentos do "irmão", mas custa menos que concorrentes da BMW e da Mercedes

Mais próximo do A8, A6 aposta em preço

A6 ganhou um friso cromado; no interior (acima), sedã de luxo tem acabamento em madeira e tela multimídia LUCAS LITVAY
ENVIADO ESPECIAL A UNA (BA)

Com um atraso de sete meses em relação à Europa, chega ao país o novo Audi A6, modelo que será a estrela do estande da marca alemã no Salão de São Paulo. No Brasil, a nova geração faz o sedã de luxo ser o primeiro modelo a contar com as linhas do atual design adotado em todos os Audi.
Na parte dianteira, é impossível não notar a imensa grade dianteira que já faz parte do A3, A4 e A8 de 12 cilindros -que, por enquanto, rodam só na Europa e nos EUA. Mas, com o A8, a semelhança vai bem além do desenho.
O A6 ganhou dispositivos tecnológicos do "irmão" mais velho. Foram incorporados equipamentos como faróis de xenônio que iluminam as curvas conforme o movimento do carro, portas que se destravam sem a necessidade de tirar a chave do bolso e sistema multimídia com DVD.
O interior também não disfarça o grau de parentesco. No volante estão os comandos de som e piloto automático. No centro do painel fica a tela de 7 polegadas do sistema MMI (Multi Media Interface), que transmite ao motorista informações como pressão dos pneus, coordenadas da navegação por satélite, sintonia do rádio e até agenda de telefones.
Todas as funções são acionadas por meio de um botão giratório localizado no console central. Ao lado há um outro botão: basta pressioná-lo para o motor começar a funcionar. Vale a pena também destacar o câmbio Tiptronic, acionado por borboletas atrás do volante, e a tração permanente nas quatro rodas.
Se as semelhanças com o grandalhão A8 são muitas, a diferença se ressalta nas dimensões. Apesar de ter ganhado 34% de rigidez torcional e 8,3 cm de distância entreeixos, o A6 não chega a ter o espaço e conforto interno do "irmão". Contudo, a capacidade do porta-malas cresceu de 434 litros para 546 litros.

Desempenho
O cliente brasileiro pode optar entre duas motorizações: uma 3.0, com 218 cv (cavalos), e outra 4.2 V8 (oito cilindros em "V"), que tem 335 cv e 42,9 kgfm de torque (força). A nova geração não terá mais a versão 2.7 biturbo.
De acordo com a fábrica, a versão mais potente acelera de 0 a 100 km/h em 6,1s e atinge velocidade máxima, limitada eletronicamente, de 250 km/h. Já o propulsor 3.0 é 1,8s mais lento na aceleração e alcança, no máximo, 240 km/h.
Com todas essas alterações, a Audi espera recuperar mercado. Nos últimos meses, viu as vendas do A6 despencarem e a liderança no segmento ir embora com a chegada dos novos BMW Série 5 e Mercedes-Benz Classe E.
Porém a marca diz que retornará ao topo do pódio apostando as fichas no preço um pouco mais em conta que os arqui-rivais. Para que o objetivo se realize, a Audi pretende encontrar até o final do ano 75 endinheirados dispostos a gastar mais de R$ 300 mil.
Em 2005, a expectativa é comercializar 25 unidades do A6 por mês. Os preços sugeridos são R$ 305,6 mil (versão 3.0), R$ 315,6 mil (3.0 Sport, que vem com bancos dianteiros esportivos e detalhes em alumínio) e R$ 374,4 mil (4.2 e tração nas quatro rodas).
Pelo 530i, de 231 cv, a BMW cobra R$ 327 mil. Com motor 4.5 V8, o preço sobe para R$ 394 mil. Já a tabela da Mercedes-Benz indica o valor de R$ 321.811 para o E 320 e R$ 394.723 para o E 500.


Lucas Litvay viajou a convite da Audi Senna


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