São Paulo, domingo, 05 de dezembro de 2010

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DEPOIMENTO

A aceleração é tão brutal que a boca esgarça e a bochecha treme

DO ENVIADO ESPECIAL

Há alguns anos, andei em um esboço de Fórmula 1. Era um daqueles bipostos estranhos de chassi Prost e motor Peugeot. E na chuva, diga-se. Mesmo assim, o piloto, sentado à frente, acelerou o quanto pôde na mítica reta Mistral. Os 700 cv (e 500 kg!) faziam o meu cérebro chacoalhar sem querer. Na Fórmula Rossa, também.
Só que a montanha-russa da Ferrari não exige capacete. Não exige nem sequer aqueles protetores de orelha usados na era Fangio. Coloquei só uns óculos com haste elástica para sentar na fileira da frente. Claro, porque velocidade pouca é bobagem.
Sem os óculos, não daria para abrir os olhos quando os 240 km/h chegam em 5s. Isso mesmo, 5s! É brutal, quase inenarrável. A boca começa a abrir e as bochechas tremem, como se fossem rasgar a pele.
A paisagem vira um túnel borrado, sem forma definida, até que começa o sobe e desce, à esquerda e à direita, simulando curvas num F-1. Foi quase a mesma sensação bizarra (e prazerosa) que senti em Paul Ricard (França).
(FABIANO SEVERO)


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