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Teste folha-mauá
Logan apela para a razão e derrota Corsa e Siena
Agora com motor 1.6 8V, Renault é mais barato e espaçoso que rivais
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS
Se você não se importa com
as últimas tendências de design
e acredita que a função dos carros seja só transportá-lo com
mais conforto que os ônibus, o
Renault Logan é seu carro.
Ele faz parte da fatia de mercado que mais cresceu em
2007. Segundo dados da agência AutoInforme, de janeiro a
outubro, o segmento de sedãs
compactos cresceu 57,3%, enquanto o mercado comemorava um aumento de 28,8%.
A colaboração das montadoras foi grande. O Logan de dois
parágrafos atrás tem oito válvulas -havia sido lançado em
junho apenas com o dobro delas. Atrás da nova grade do Chevrolet Corsa Sedan está o propulsor 1.4, e o Fiat Siena passou
por um banho de loja.
A Renault fez bem em tirar
do arquivo o motor 1.6, usado
no Clio em 1999 e em 2000.
Agora bicombustível, gera até
95 cv. Com 10 cv a mais, o Corsa
não consegue ser mais rápido
que o Logan na pista de teste. E
o Siena, que ganhou 5 cv com a
reestilização, fica na lanterna:
só não foi o último em 2 das 9
retomadas de velocidade.
Além disso, o Logan faz o motorista se sentir um rei tamanho o espaço interno. Ele pode
ser traduzido pela medida entreeixos: no Renault, ela é de
2,63 m. O Corsa oferece 2,49 m,
e o Siena -na lanterna outra
vez- tem 2,37 m.
Por outro lado, o Logan trata
o motorista como um plebeu. O
preço inicial é de R$ 31.840 e
não dá direito a nada. É preciso
promover um encontro dos dedos com os retrovisores para
ajustá-los, além de acionar o
limpador de pára-brisas toda
vez que jogar água neles.
A ergonomia também parece
ter sido esquecida: o botão do
ar-condicionado esconde o desenho com a direção do vento, e
o controle do retrovisor elétrico fica debaixo do freio de mão.
O banco da unidade testada pela Folha, com pouco mais de
4.000 km, rangia.
O Siena, por sua vez, prova
que é feito para quem se preocupa com imagem. Custa
R$ 36,6 mil e traz computador
de bordo, comando interno de
abertura do porta-malas e volante com regulagem em altura, mas cobra por direção hidráulica e companhia.
O Corsa custa R$ 33.786 e
tampouco oferece os itens de
conforto mais desejados.
Manutenção
Se não bastasse ser o mais caro quando novo, o Siena é também o que mais fará o motorista gastar quando sofrer um acidente. Melhor mesmo ajoelhar
e rezar para são Cristóvão.
O Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária)
bateu todos e fez um ranking,
levando em conta a facilidade e
o custo do reparo. O Logan ficou 17 pontos à frente do Siena,
que teve 30 pontos contra 18 do
Corsa Sedan e 13 do Logan.
Depois de economizar tanto,
o motorista até pode, sem reclamar, gastar um pouco a mais
no posto. Na cidade, o Corsa e o
Siena rodam 1,6 km a mais com
um litro de gasolina.
Os carros foram cedidos para teste
pelas montadoras
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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