DO ENVIADO ESPECIAL AO GUARUJÁ

O Peugeot 206 ganhou sua sexta versão de acabamento, a Techno. Agora a aposta é, como o nome sugere, na tecnologia. Na prática, o modelo está recheado de equipamentos de série para disputar uma fatia de mercado dos chamados "compactos premium".
O 206 Techno nasceu de uma pesquisa feita com mil donos de veículos compactos e médios -35% deles já tinham um 206. Eles apontaram o que gostariam no carro, e mais de cem itens foram testados. "A pesquisa reduz o erro de concepção do produto", explica Reinaldo Siffert, gerente de produto da Peugeot.
Assim, o carro feito em Porto Real (RJ) ganhou faróis com acendimento automático -o sensor de luminosidade atrapalha o ajuste do retrovisor-, limpador de pára-brisas com sensor de chuva, computador de bordo, toca-CDs com comando no volante, trio elétrico (só os vidros dianteiros contam com a facilidade), bancos mais esportivos e com revestimento inédito, airbag duplo.
Claro que tudo isso tem seu preço: com motor 1.6, de 110 cavalos, o 206 Techno custa R$ 31.650. Há ainda a opção do 1.0, que gera 70 cv e sai por R$ 27,7 mil. No caso da versão "popular", o airbag é um opcional de R$ 1.300. O comprador ainda pode ter o sensor de obstáculos traseiros (R$ 645).
Ar-condicionado também é opcional. A expectativa é que 90% dos carros -cerca de 2.700 unidades até dezembro, segundo números da Peugeot- tenham o equipamento, que custa R$ 2.550.
"Existe um bom nível de intenção de compra sem o ar", justifica Siffert. Guillaume Couzy, diretor de marketing da montadora, completa: "Os concorrentes têm ar como opcional. Nosso preço [de tabela] iria parecer maior".
O 206 é mais barato que o Citroën C3 (R$ 32.350) e o Honda Fit (R$ 33.960, já com ar-condicionado). Mas sai mais caro que o Volkswagen Polo (R$ 30.426).
Por fora, o 206 Techno tem pára-choques esportivos, como os do Rallye. As rodas são de liga leve, e apenas um logotipo lateral identifica a nova versão.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


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