Com motores de até 500 cv e após passar por "face-lift", utilitário da Porsche chega por a partir de R$ 295 mil

Roberto Assunção/Folha Imagem

Rodas aro 21, controle de estabilidade e suspensão regulável a ar permitem curvas ousadas

Quando o Porsche Cayenne foi lançado, em 2002, os puristas torceram o nariz. Acostumados a admirar o 911 Carrera, não viam o utilitário como um legítimo Porsche. Mas as vendas mostram que a montadora acertou. Só no Brasil, foram 554 Cayenne desde 2003.
Seguindo a velha máxima, o "novo" jipão teve poucas mudanças visuais e ganhou motores mais potentes. As três versões -V6 (seis cilindros em "V"), V8 e V8 Turbo- ficaram até 20% mais caras.
Na V6, a nova litragem 3.6 gera 290 cv (cavalos) -40 cv a mais. Custará R$ 295 mil.
A V8 (chamada de Cayenne S), que corresponde a 60% do "mix" de vendas do modelo, virou 4.8 e ainda ganhou o sistema de injeção direta de combustível. São 385 cv e preço de pouco mais de R$ 365 mil.
Mas foi a V8 Turbo, a única versão que a montadora disponibilizou para avaliação, que teve o maior aumento de potência (41%). Com duas turbinas, o carro atinge 500 cv e 100 km/h em 4,9s, segundo a Porsche.
Como a marca não participa do acordo entre as montadoras alemãs e o governo que limita em 250 km/h a velocidade máxima, o Cayenne tem final declarada de 275 km/h. O preço também dispara: R$ 550 mil.
Nada disso, porém, impressiona como os detalhes. A suspensão a ar pode ser enrijecida, e o escalonamento do câmbio de seis marchas, encurtado.
Os discos de freio se aproximam das pastilhas, melhorando a performance. Até as saídas de escape "saem" 2 cm para uma exaustão mais eficiente.
Se, ainda assim, os fãs acharem que de Porsche o Cayenne não tem nada, precisarão rever seus conceitos de carro esportivo. (FABIANO SEVERO)


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