São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2004

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NA ÁGUA

Isolada, Castelhanos compensa o tortuoso caminho pela lama

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A ILHABELA

Vinte e sete quilômetros separam a civilização de um lugar praticamente inexplorado. Há duas opções para chegar à praia de Castelhanos (em Ilhabela, a 217 km de São Paulo): de barco ou com um modelo 4x4. Escolhemos a segunda opção.
A bordo de uma Chevrolet S10, a tarefa é até fácil. A tração nas quatro rodas "segura" bem a picape no barro. Basta apertar um botão no painel para selecioná-la, mesmo com o carro em movimento de até 80 km/h. Para engatar a reduzida, porém, é preciso parar o carro e pisar na embreagem -mas a trilha de Ilhabela não exigiu o "esforço".
No caminho, muita lama, várias pedras, um riacho. Ao chegar perto do mar, o que o turista vê são alguns surfistas, outros aventureiros e quiosques que cabem na palma de uma mão. Isso sem falar na paisagem, daquelas dignas de cartão-postal.
Pondo na caçamba comida e barraca e tendo um espírito aventureiro bastante elevado, é possível acampar no local. Está certo que Castelhanos é um lugar ecologicamente correto, mas não esqueça de incluir repelente na bagagem.
A S10 só sofreu na volta. O primeiro obstáculo foi subir uma ladeira -para descer, todo santo ajuda. O problema não era falta de tração, mas a altura em relação ao solo. As "valas", cavadas por quem tinha passado antes, estavam muito fundas, o que impediu uma travessia tranqüila.
Um jipe Envesa -bem mais alto que uma picape- passou sem problemas, nos deixando, invejosos, ainda na base da ladeira. Cinco tentativas mais tarde, porém, já estávamos no caminho certo rumo à civilização.


José Augusto Amorim e Fernando Moraes viajaram em uma S10 cedida pela General Motors.


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