São Paulo, domingo, 08 de dezembro de 2002

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"Sistemas dão falsa idéia de proteção"

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O uso de aparatos que avisam o motorista que ele está com sono não é certeza de que a viagem ocorrerá sem problemas. "Esses sistemas dão a falsa idéia de proteção, o que encoraja a dirigir cansado", diz Fabio Racy, presidente da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego).
A Renault desistiu de vender seu sistema anti-sono porque não estava segura se ele seria 100% eficaz. Mesmo assim, divide a conta de 2 milhões com o grupo PSA Peugeot Citroën para manter um laboratório que estuda acidentes e comportamento humano.

Sob a picape
Quem também duvida dos mecanismos é o DJ Cleber Port, 27. Depois de cochilar enquanto dirigia na marginal Tietê, ele só acordou quando seu Chevrolet Corsa bateu em uma Chevrolet S10.
No acidente, há três meses, Port diz ter cometido outro erro: "Pensei em parar, mas achei que estava perto e que não custaria andar mais alguns minutos".
"Não adianta enfrentar o sono, porque ele volta com mais força", afirma Marco Túlio de Melo, professor do departamento de psicobiologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Em 2000, Melo pesquisou motoristas de ônibus interestaduais, e 16% assumiram ter cochilado até oito vezes durante o trajeto.


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