São Paulo, domingo, 10 de maio de 2009

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Importado, Peugeot 3008 chega ao Brasil em 2011

Lançamento do "crossover" será logo após o da família 308, que será feita na planta da Argentina

DO ENVIADO ESPECIAL A DUBROVNIK (CROÁCIA)

Um cenário medieval foi o palco escolhido pela Peugeot para o lançamento mundial do 3008, o primeiro "crossover" (plataforma de perua e carroceria de utilitário) da história da marca francesa.
Mas, apesar de as ruelas da cidade adriática de Dubrovnik (Croácia) remeterem ao passado, a montadora mostra como enxerga o futuro do carro familiar: espaçoso, polivalente e equipado com motor turbinado de baixa cilindrada e de alto rendimento ("downsizing").
A empresa acredita ainda que itens de conforto e segurança também precisam vir de série, como o preço elevado.
Na Europa, a versão 1.6 turbinada (150 cv) equipada -a mesma que desembarcará por aqui- custará 30 mil. Faixa de preço do rival da Volkswagen, o Tiguan 2.0 (200 cv), importado por R$ 124.190.
Os brasileiros interessados no 3008, porém, terão de esperar pelo menos até o final de 2011, quando a Peugeot planeja trazer o "crossover" francês.

308
Segundo Gaetan Demoulin, da área de marketing de produto da Peugeot, a data ainda é incerta, pois, primeiro, é preciso abastecer o mercado europeu. Mesmo com a previsão de produzir 90 mil unidades por ano.
No entanto, o principal motivo do atraso é outro: a montadora não quer trazê-lo antes do lançamento do 308, que será feito na Argentina e lançado alguns meses antes do 3008.
Colocar o jipinho da safra futura ao lado do atual 307 poderia prejudicar as vendas da família (hatch, sedã e perua), que emplacou 18.371 unidades no ano passado.
Seria um risco desnecessário para a saúde dos negócios, já que o 3008, pelo seu posicionamento de preço, será mais um automóvel de imagem do que de volume de vendas.
O motor 1.6 do "crossover" também precisa ser homologado para a gasolina brasileira -ao menos 20% de álcool.
"Apesar de ser o mesmo motor usado pela BMW no Mini Cooper, a calibração e o câmbio são distintos. Adaptá-lo à gasolina brasileira demora vários meses", explica Demoulin.
A Peugeot pretende compartilhar esse propulsor com outros veículos da marca no país, como o conversível 308 CC.
Isso se as vendas do 307 CC (R$ 136,4 mil) superarem a casa de oito unidades por mês. E, mesmo fora de linha na Europa, há estoque do conversível para mais um ano e meio de vendas aqui, calcula a marca.
É rezar para o Volkswagen EOS (R$ 159,9 mil) alavancar o segmento. Ou o brasileiro só vai admirar o 308 CC pelas fotos.
(FELIPE NÓBREGA)


O jornalista viajou a convite da Peugeot


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