São Paulo, domingo, 10 de novembro de 2002
 |
 |
|
Próximo Texto | Índice
Novo smart só será fabricado no Brasil
JOSÉ AUGUSTO AMORIM FREE-LANCE PARA FOLHA O Brasil será o único país do mundo a produzir o smart (assim, com letra minúscula mesmo) Variant, versão com quatro lugares do minicarro que, até então, era feito apenas para duas pessoas. A DaimlerChrysler anunciou que ele será montado em Juiz de Fora (MG), com início de vendas previsto apenas para 2005. Mostrado no Salão de Frankfurt de 2001 -na época era um conceito, chamado de tridion 4-, o novo smart tem 3,65 metros de comprimento (o Ka tem 3,62 m), ante os 2,50 m do tradicional, que conquistou a Europa pela facilidade com que é conduzido nas grandes metrópoles. A largura do futuro mineiro é de 1,79 m, e a altura, de 1,45 m. O conceito trazia assentos de couro branco que se transformavam em sofá. Bastava rebater o encosto dos bancos dianteiros para criar uma "área de relaxamento". Ajudava o sistema multimídia no console, com TV e DVD. A motorização do futuro brasileiro ainda não está definida, mas deve ser o 1.6 de 90 cv (cavalos) produzido pela Tritec. A empresa, localizada no Paraná, é uma joint venture entre a DaimlerChrysler e a BMW. Por enquanto, faz os motores para os modelos Mini, Neon e PT Cruiser. Mas, a partir de 2003, poderá vender seu produto no mercado nacional. O novo projeto foi desenvolvido com a Mitsubishi -a DaimlerChrysler tem ações da fábrica japonesa, que usará a plataforma do smart Variant para fazer um novo automóvel compacto. Ociosidade Com o smart, é respondida uma pergunta frequente: o que fazer com a capacidade ociosa da fábrica mineira que, por enquanto, monta os Mercedes Classe A e Classe C (este só para exportar). A fabricação de um novo membro da família mostra que a DaimlerChrysler aposta no smart. No Salão de Paris, que aconteceu em setembro, foram lançadas as versões roadster (conversível de dois lugares) e cupê. O smart Variant também marca um passo importante da entrada da marca no mercado americano. Estima-se que 60% da produção seja exportada para EUA, América Latina e a própria Europa. Hoje a versão de dois lugares é feita na França e, no ano que vem, começa a ser produzido na Holanda. Apesar de desconhecido do brasileiro, o smart é parte da paisagem nas cidades onde o trânsito costuma ser bastante complicado -ele é vendido no Japão, por exemplo. Por aqui, seu papel foi desempenhado pela Romi Isetta, na década de 50, que teve 3.000 unidades produzidas no país. Porém esses carrinhos são menores do que os que já se enquadram na categoria dos pequenos. É o caso de Volkswagen Lupo, Seat Arosa e Daihatsu Cuore. Próximo Texto: Test-Drive: Motor do atual é 0.6, mas preço está longe de "popular" Índice |
|
|
