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SEGURANÇA
Carro tem sistema antiderrapante
Volvo S80 corrige manobras na neve
ASDRÚBAL FIGUEIRÓ
enviado especial à Finlândia
Não é à toa que os finlandeses
dominam o circuito mundial de
rali. As pistas cobertas de gelo e neve de boa parte das vias do país são
uma ótima escola para os que querem seguir os passos de Tommi
Makinen (tricampeão mundial de
rali) e de Ari Vatanen (tetracampeão do Paris-Dacar).
Foi nessas condições que a Folha
avaliou o Volvo S80, equipado
com o sistema DSTC (controle dinâmico de tração e estabilidade,
em inglês) -que chega ao Brasil a
partir de maio- e com o STC
(controle de tração e estabilidade).
O primeiro atua sobretudo em
derrapagens, e o segundo, quando
as rodas patinam na largada.
Ao tentar sair com o carro nas estradas cobertas de neve de Sirkka,
cidade a cerca de 120 km ao norte
do Círculo Polar Ártico, já é possível notar a primeira diferença: com
os sistemas eletrônicos desligados,
as rodas patinam, e o motorista
tem de achar a aceleração correta
para pôr o automóvel em marcha.
Com o STC ligado, a tarefa se resume a acelerar. Sensores identificam as rodas que estão patinando
e transferem a força do motor para
as que têm mais atrito com o solo.
A operação toda leva centésimos
de segundo e é quase imperceptível para o motorista. Uma luz no
painel, porém, indica que o sistema entrou em operação. Durante a
condução do veículo pelas estradas cobertas de neve da região, os
dois sistemas entram em operação
a toda hora, sobretudo nas curvas.
Milagres
Apesar de ser um veículo de tração dianteira, na neve o Volvo S80
tende a sair de traseira por causa
do baixo atrito entre pneus e solo.
É aí que o DSTC entra em ação.
Sensores no volante, nas rodas e
nos eixos comparam a trajetória
que o carro está descrevendo com
a que o motorista queria imprimir.
Se há diferenças entre as duas
trajetórias, o DSTC tenta colocar o
carro na trilha escolhida pelo motorista. Para fazer isso, o sistema
pode frear uma ou mais rodas com
auxílio do sistema antitravamento
ABS e também reduzir a força do
motor que chega a elas.
No teste de ""slalom" (ziguezague
entre cones colocados em linha reta) sobre um lago congelado, a diferença entre o comportamento do
carro com e sem o sistema ficou
patente. À velocidade de cerca de
50 km/h, o carro contornou os
obstáculos sem sustos.
Dirigindo da mesma forma, com
o DSTC desligado, a traseira começa a escorregar até que o carro dá
um giro de mais de 90 graus.
A ação do DSTC é mais perceptível. Em algumas situações, o motorista acelera, mas a tração não chega às rodas. Isso causa uma incômoda sensação de falta de controle
sobre o veículo. No final, porém, a
manobra costuma dar certo.
A Volvo alerta, porém, que o
DSTC não faz milagres. Ele aumenta as chances de que uma manobra dê certo. Mas há situações
em que nem o sistema é capaz de
corrigir a trajetória do carro.
Asdrúbal Figueiró viajou a convite da Volvo do
Brasil
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