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São Paulo, domingo, 15 de junho de 2003

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Acordo trará novos modelos

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Se há muito veículo brasileiro rodando pelo México, o inverso não é cena das mais frequentes. O acordo comercial entre os dois países, no entanto, pode ajudar o mercado daqui a crescer e a ganhar novos modelos.
"Pedi ao senhor [Carlos] Ghosn [presidente e CEO, executivo mais importante, da Nissan] que fosse vendido aqui o Sentra e o Z", revela Nélio Bilate, diretor comercial da Nissan do Brasil. A resposta foi simples: novos modelos só poderão ser oferecidos se derem lucro à empresa. E a aposta de Bilate é exatamente na alíquota de 1,1% para trazer o sedã Sentra, que já chegou a ser vendido aqui.
Em termos de volume, o modelo importado mais vendido é o Fiesta Sedan, produzido no México como Ikon. Neste ano, junto com o hatch, acumula 28.159 vendas aqui no Brasil.
A Volkswagen importa Bora e New Beetle. "O dólar atrapalha, e são segmentos especiais, limitados aqui no Brasil", diz Leonardo Soloaga, gerente-executivo de vendas e exportações da VW.
A primeira geração do Golf que aportou por aqui também vinha de lá, situação invertida desde 1999. Soloaga nega os boatos de que a produção do novo Golf saia de São José dos Pinhais (PR) para voltar a Puebla.
A Honda também diz que não é possível concluir que o preço do carro aumentou, apesar de a alíquota de importação ter baixado de 35% para 1,1%. Segundo a empresa, é preciso levar em conta que a cotação do dólar subiu. Além disso, a nova geração do Accord, que desembarcou aqui neste ano, foi totalmente reprojetada.
A BMW monta no México, em regime de CKD (completamente desmontado, em inglês), o 325i Security, blindado de fábrica. A Chrysler importa o PT Cruiser, que, com seu desenho retrô, teve cerca de cem unidades vendidas nos dois anos em que é oferecido no mercado brasileiro.


Peças
O acordo comercial também inclui autopeças. É o caso do motor 2.0 Duratec que equipa o EcoSport, depois exportado para o México. As peças formam o grosso das importações brasileiras.
Segundo a Anfavea (associação dos fabricantes), dos US$ 135,3 milhões que o Brasil comprou em 2000, apenas US$ 12,2 milhões eram referentes a automóveis.

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