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São Paulo, domingo, 16 de novembro de 2003

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TECNOLOGIA

A Coisa, veículo sem acelerador nem freio, custará US$ 8.000

Patinete que "derrubou" Bush chega em 2004

Fernando Moraes/Folha Imagem
A apresentadora de TV Daniela Freitas atravessa a avenida Paulista (região central de São Paulo) na patinete da Segway


ARMANDO PEREIRA FILHO
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS E CONSTRUÇÃO

Acelerar sem acelerador e frear sem breque. Essa é a surpreendente combinação que a Segway, uma espécie de patinete elétrica de alta tecnologia, é capaz de realizar. O invento, conhecido também como A Coisa, criado pelo americano Dean Kamen, teve seu lançamento, em dezembro de 2001, precedido de mistério.
Agora os brasileiros poderão testá-lo. No primeiro semestre do próximo ano, deve começar a ser vendido no país. A empresa de informática Nave Brasil está em negociações para importá-lo.
Caro -o preço estimado no Brasil é de US$ 8.000-, o brinquedo está enfrentando um recall nos EUA, e as pessoas se perguntam para que serviria. Mas quem gosta de veículos e novidades pode achá-lo bem divertido.
Na primeira tentativa, dá medo de cair, mas, em poucos minutos, é possível habituar-se e comandá-lo com precisão. Basta inclinar-se para a frente, que ele começa a andar. Ficar na vertical faz o aparelho parar. Não se deve tentar usá-lo desligado. De acordo com a Nave, esse teria sido o erro do presidente dos EUA, George W. Bush, que caiu do aparelho ao experimentá-lo em junho passado.
O recall nos EUA envolve 6.000 unidades. Três pessoas se machucaram ao cair do veículo. Foi detectado risco de as quedas acontecerem quando a bateria estiver fraca e o veículo passar por obstáculos. A empresa está promovendo uma mudança no software.
Antonio Marcos Fogaça, 31, diretor administrativo da Nave, diz que não é necessário habilitação para pilotar a Segway, por causa da baixa velocidade (20 km/h). "Só é bom usar capacete."
O Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) avalia que ela é um ciclomotor, precisa de registro e licenciamento, e o condutor teria de ser habilitado. Na prática, outros aparelhos, como a Walk Machine, têm sido utilizados no dia-a-dia sem habilitação.


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