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São Paulo, domingo, 16 de novembro de 2003

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COMPARATIVO

Carro da Mercedes traz mais equipamentos e tem desempenho superior ao de Fit e Meriva, que virou bicombustível

Classe A lidera desafio de monovolumes

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Eles têm a mesma configuração, apesar de guardarem diferenças -principalmente no interior. Mas Mercedes-Benz A 160 e Honda Fit se mostram superiores à minivan Chevrolet Meriva, que acaba de ganhar motor 1.8 Flexpower.
O principal problema do carro da General Motors são seus equipamentos, em grande parte opcionais e vendidos em pacotes.
A Honda valorizou o espaço. Com o que chama de bancos traseiros ULT (sigla em inglês para utilitário, longo e alto), o Fit oferece o melhor interior. Basta rebater o banco para conseguir uma grande superfície plana. O porta-malas comporta 380 litros, mas chega a 1.321 l, segundo a Honda.
A Meriva conta com o FlexSpace, sistema que permite aos bancos deslizarem sobre trilhos. Há inúmeras possibilidades de configuração, mas é preciso pagar, pelo menos, R$ 9.349 por ele.
No Classe A, os mais altos viajam na traseira raspando a cabeça no teto. Segundo a Mercedes, ele é feito para 85% da população mundial. Mais do que área livre, a idéia aqui é oferecer segurança.
De série, o alemãozinho tem airbag (bolsa de ar que infla em batidas) duplo, além dos sistemas ESP (controle de estabilidade), ASR (controle de tração), BAS (frenagem assistida), EBD (distribuição eletrônica da frenagem) e ABS (freios antitravamento).
Na versão de entrada do Fit, chamada de LX, há airbag apenas para o motorista. A bolsa para o passageiro e os freios com ABS e EBD só existem no Fit LXL, que custa cerca de R$ 2.500 a mais.
A Honda é a única a oferecer câmbio automático, pelo qual é preciso pagar R$ 3.436,63. A Mercedes oferece a transmissão manual sem embreagem (R$ 5.833).
Os principais itens de conforto estão nos modelos da Mercedes e da Honda: ar-condicionado e trio elétrico são de série. A Meriva só tem direção hidráulica.

Desempenho
Na pista, a cilindrada maior do monovolume da Chevrolet não lhe deu vantagem. Pelo contrário. Usando gasolina, foi o último carro a chegar aos 100 km/h, precisando de 13,41s. O Classe A levou 10,89s, e o Fit, com seus 20 cv a menos, gastou 13,29 cv -com câmbio automático, são 13,43s.
Com álcool, a Meriva recupera, mas não empolga -foram testadas unidades diferentes com álcool e gasolina. Nesse caso, o cronômetro registrou 12,8s.
Nas retomadas, o Classe A segue na frente, mas o Meriva ultrapassa o Fit. Por exemplo: para recuperar os 140 km/h quando estão a 80 km/h, o A 160 leva 17,93s, o Meriva, 23,51s, e o Fit, 26,14s.
O Honda se mostrou bem econômico. Na cidade, registou consumo médio de 13,5 km/l, contra 11,2 km/l do A 160. Como comparação, um Chevrolet Celta roda 12,9 km com um litro de gasolina.


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